São Paulo, quinta-feira, 13 de abril de 2006

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Católico não deve assistir a filme, afirma d. Geraldo

DA AGÊNCIA FOLHA, EM SALVADOR

O presidente da CNBB, d. Geraldo Majella Agnelo, disse ontem que os católicos não devem assistir ao filme "O Código da Vinci", que tem estréia mundial marcada para 19 de maio. "Dever, não devem, ninguém é obrigado a ver nada", disse, ao ser indagado se recomendaria aos católicos o filme, baseado no livro de Dan Brown, e protagonizado por Tom Hanks.
Em nota distribuída na Catedral Basílica de Salvador, onde falou sobre os preparativos da igreja para a Semana Santa, d. Geraldo Majella fez duras críticas ao livro. "Alertamos que a obra, no seu gênero fantasioso, apresenta uma imagem profundamente distorcida de Jesus Cristo, que está em contraste com pesquisas e afirmações de estudiosos de diversas áreas das ciências humanas."
Disse também que, às vésperas do Natal e da Semana Santa, sempre aparecem obras "para ser vendidas e ganhar dinheiro" contendo "afirmações levianas e até com engodo muito bem-feito, levando a dúvida e a perplexidade às pessoas".
"É lamentável que a obra, com roupagem pseudo-científica, se ponha a versar de maneira leviana e desrespeitosa sobre convicções tão sagradas para os cristãos", diz a nota assinada por d. Geraldo Majella. Em sua opinião, o livro e o filme são obras de ficção, "que não retratam a história de Jesus nem da igreja".

O livro
A tese central de "O Código da Vinci" (Sextante, 480 págs.) é que Jesus Cristo teria se casado com Maria Madalena e a união teria sido encoberta pela Igreja Católica para distorcer os ensinamentos cristãos originais. O segredo teria sido revelado em forma de código pelo pintor Leonardo Da Vinci, integrante da sociedade secreta Priorado de Sião, em suas principais pinturas.
O livro é o 3º no ranking das ficções mais vendidas no Brasil. No mundo, as vendas passaram de 40 milhões de exemplares. (LF)


Colaborou a Redação


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