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Painel
Motivo relevante
O Planalto deve deixar para
depois das eleições as mudanças
no Conselho de Administração
da Petrobrás. Após as primeiras
consultas, Clóvis Carvalho, que
opera as substituições, viu que
tratar agora do assunto é como
mexer em casa de marimbondo.
Devagar com o andor
Os tropeços da Light refrearam
a pressão do BNDES por uma
privatização acelerada do setor
elétrico. Para alívio dos técnicos
das Minas e Energia, que se sentiam atropelados pela urgência.
Quadro clínico
Informação que circula entre
médicos do Albert Einstein: hoje, a recuperação de Sérgio Motta depende mais da reação de
seu organismo do que da medicina. E o período de restabelecimento, com repouso completo,
iria até após a eleição.
Mingau rarefeito
Secretários da Fazenda pressionam o Congresso a votar suplementação orçamentária ao
programa nacional de merenda.
O valor deste ano é 30% menor
do que o de 97 e equivale a 13
centavos por dia por aluno.
Cachê alto
Além de ter que escrever uma
novela para a Globo, outra razão
impediu Benedito Ruy Barbosa
de fazer a campanha de Marta
Suplicy (PT-SP): o orçamento
que o novelista pediu está fora
das possibilidades do PT.
Mercado eleitoral
Marketeiros andam cobrando
entre R$ 5 milhões e R$ 6 milhões para oferecer um pacote
de campanha para os candidatos
a governador nos Estados mais
importantes. Em São Paulo, o
valor é um pouco maior.
Cerco ao cofre
Cerca de 4.000 prefeitos estarão em Brasília, de 12 a 14 de
maio. Em 97, quando não houve
eleição, os alcaides arrancaram
de FHC a renegociação de suas
dívidas com o INSS e compensação para perdas com o FEF
(Fundo de Estabilização Fiscal).
Intriga paraibana
Más línguas do PMDB paraibano dizem que Ronaldo Cunha
Lima quer disputar o governo
estadual porque, no caso da licença para ser processado por
ter atirado em Tarcisio Burity,
prefere depender da Assembléia.
Papa tudo
Apelido que Iris Rezende ganhou no PMDB: pelicano. Motivo: teria o papo grande. Com diretores indicados em três estatais, é o peemedebista mais bem
aquinhoado no governo.
Preocupado com o time
FHC pediu a um ministro tucano que transmitisse ao secretário-executivo José Luiz Portella (Transportes) uma mensagem
forte para que fique no cargo até
a eleição. Não quer perder um de
seus melhores gerentes.
Asfalto de ouro
Coincidência registrada por
procuradores federais: Orleir
Cameli (AC) pagou R$ 3,7 mi
por mil metros de pista de pouso
na mesma época em que teria
ocorrido a compra de votos em
favor da emenda da reeleição.
Descobrindo afinidades
Amin lembrou que Brizola,
quando prefeito de Porto Alegre
nos anos 50, combateu o borrachudo. "O Serra se parece com
Brizola. Ambos são uma mistura
de engenheiro e economista,
brigam com o mosquito e sonham com a Presidência".
O cerco continua
Deputados pepebistas levam
hoje a Maluf uma pesquisa que
encomendaram em que Oscar
(PPB) bateria Eduardo Suplicy
(PT-SP) na disputa pelo Senado.
Querem o jogador de basquete
na vaga de Cabrera (PFL).
Vácuo político
Dica de publicitário: o PT deveria aproveitar a falta de adversários a Luís Eduardo (PFL) e
lançar alguém com o perfil do
deputado Jacques Wagner para
o governo baiano. Perderia, mas
viraria o líder da oposição.
Esperando sentado
Ainda com esperança de contar com o apoio do PSB, o PT
adiou o encontro em que o partido definiria o vice da chapa de
Marta Suplicy ao governo paulista. Dos dias 15 e 16 de maio
para o começo de junho.
CONTRAPONTO
Sono dos justos
Em 63, quando foi governador de São Paulo, Adhemar de
Barros nomeou tenente Negrão,
um correligionário fiel, como vice-presidente da Estrada de Ferro Sorocabana.
Entre suas funções, Negrão tinha que fornecer de graça passagens aos ademaristas.
Negrão se tornou tão popular
no grupo que acabou promovido, informalmente, a coronel.
Em 70, com Adhemar já cassado pelos militares, Negrão foi a
um comício da Arena em Assis.
Após o anúncio da presença do
coronel Negrão, um ex-expedicionário, major Fogaça, subiu
no palanque e pediu que Negrão
se identificasse.
Negrão explicou que o "coronel" era uma brincadeira de
amigos, mas não houve jeito. O
major lhe deu voz de prisão e o
levou para a delegacia.
Como o flagrante demorou
para ser lavrado, o major Fogaça
caiu no sono. Quando acordou,
não lembrava do acontecido,
pediu desculpas e foi embora.
E-mail: painel@uol.com.br
TIROTEIO
De Silvio Torres (PSDB-SP),
sobre a reação de desagrado do
PFL com a reforma ministerial:
- O PFL está tão acostumado
a vender a imagem de ganhador
das batalhas políticas que, quando parece empatar, põe a boca
no mundo dizendo que perdeu.
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