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OUTRO LADO
Vereador afirma que tem direito de morar no local e que só sai morto
DA AGÊNCIA FOLHA, EM BELÉM
O vereador Manoel Cirilo
(PPB), presidente da Câmara Municipal de São Francisco do Pará,
afirma ter direito à área em que
reside dentro do assentamento.
"Fui funcionário da Goodyear durante 14 anos na fazenda. Depois
que a área foi invadida, eu tinha o
direito de continuar no local",
afirma Cirilo.
O assentamento Luís Lopes Sobrinho é a junção de três fazendas
onde a empresa multinacional extraiu látex até 1995. Hoje as cerca
de 10 mil árvores do seringal estão
estéreis.
"Tive até que inscrever meu filho na reforma agrária para conseguir o lote. Tentaram várias vezes me tirar de lá, mas eu sou remanescente da empresa, onde
trabalhava na área de recursos
humanos", diz Cirilo, que afirma
que só sai da área "morto".
Na opinião do vereador, o assentamento Luís Lopes Sobrinho
não é um exemplo do fracasso da
reforma agrária.
"O projeto está progredindo. Os
assentados batalham muito e lá
todos têm o que comer e têm a sua
casa. No começo houve pessoas
que desviavam verba, mas agora
não tem mais isso", afirma o vereador pepebista.
Segundo a associação dos agricultores da área, a primeira grande produção do assentamento
ocorrerá neste ano, quando começa a safra de pimenta-do-reino
para 23 agricultores.
Cerca de 23 mil toneladas do
produto serão colhidas, de acordo
com a associação. Para isso, as 23
famílias receberam R$ 189 mil há
dois anos.
"É importante que o Incra saiba
distinguir os que estão aqui para
cultivar a terra e os que são aproveitadores", diz o presidente da
associação, Daniel Santos da Paixão.
(MS)
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