São Paulo, sábado, 13 de maio de 2006

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Assessor isenta integrante da Mesa da Câmara

HUDSON CORRÊA
JOSÉ MASCHIO

DA AGÊNCIA FOLHA, EM CUIABÁ (MT)
Francisco Machado Filho, assessor do deputado Nilton Capixaba (PTB-RO) -segundo-secretário da Câmara- até ser preso na Operação Sanguessuga, afirmou ontem em depoimento à comissão de sindicância da Casa que lavava dinheiro e fornecia sua senha, do sistema de acompanhamento de emendas ao Orçamento, para o esquema de venda de ambulâncias superfaturadas.
O advogado Leonardo Furtado Borelli, que defende Machado, afirmou à Folha que o ex-assessor inocentou o deputado. "Ele disse que o deputado não tinha conhecimento daquele tipo de operação e também negou o envolvimento do [deputado] Lino Rossi [PP-MT]", afirmou o advogado.
Segundo a Polícia Federal, de 2001 a 2004, Machado e a mulher declararam renda de R$ 230,6 mil, mas movimentaram R$ 979,3 mil.
"[Machado] foi usado usado como laranja para poder lavar dinheiro do esquema. O pessoal usava as contas dele, depositando um valor. Ele sacava, devolvia de volta e ganhava uma participação nisso", afirmou Borelli. "Recebia dinheiro do pessoal. Do [empresário] Darci [José Vedoin], da [empresa] Planam", acrescentou.
Escutas telefônicas da PF mostraram Luiz Antônio Vedoin, filho de Darci, e Machado discutindo o assassinato do jornalista Lúcio Vaz, do "Correio Braziliense", que investigava a fraude. Ontem, o ex-assessor disse que o diálogo foi "uma brincadeira".


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