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Assessor isenta
integrante da
Mesa da Câmara
HUDSON CORRÊA
JOSÉ MASCHIO
DA AGÊNCIA FOLHA, EM CUIABÁ (MT)
Francisco Machado Filho, assessor do deputado Nilton Capixaba (PTB-RO) -segundo-secretário da Câmara- até ser preso na Operação Sanguessuga, afirmou ontem em depoimento à comissão de sindicância da Casa
que lavava dinheiro e fornecia sua
senha, do sistema de acompanhamento de emendas ao Orçamento, para o esquema de venda de
ambulâncias superfaturadas.
O advogado Leonardo Furtado
Borelli, que defende Machado,
afirmou à Folha que o ex-assessor
inocentou o deputado. "Ele disse
que o deputado não tinha conhecimento daquele tipo de operação
e também negou o envolvimento
do [deputado] Lino Rossi [PP-MT]", afirmou o advogado.
Segundo a Polícia Federal, de
2001 a 2004, Machado e a mulher
declararam renda de R$ 230,6 mil,
mas movimentaram R$ 979,3 mil.
"[Machado] foi usado usado como laranja para poder lavar dinheiro do esquema. O pessoal
usava as contas dele, depositando
um valor. Ele sacava, devolvia de
volta e ganhava uma participação
nisso", afirmou Borelli. "Recebia
dinheiro do pessoal. Do [empresário] Darci [José Vedoin], da
[empresa] Planam", acrescentou.
Escutas telefônicas da PF mostraram Luiz Antônio Vedoin, filho de Darci, e Machado discutindo o assassinato do jornalista Lúcio Vaz, do "Correio Braziliense",
que investigava a fraude. Ontem,
o ex-assessor disse que o diálogo
foi "uma brincadeira".
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