São Paulo, terça, 13 de maio de 1997.



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Fazendeira acampa por indenização

da Agência Folha, em São Luís

A fazendeira Rosalina Gonçalves da Costa, 57, acampou ontem em frente à sede do Incra em Imperatriz (624 km a sudoeste de São Luís). Ela chegou à sede ao meio-dia.
Costa exige o cumprimento de um acordo feito em junho do ano passado com o órgão. Segundo ela, o Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária) se propôs, à época, comprar sua fazenda -Pingo d'Ouro-, localizada no município Henrique de La Rocque, desmembrado no ano passado de João Lisboa, distante 13 quilômetros de Imperatriz.
A fazenda, considerada pelo instituto como produtiva, foi invadida no último domingo por cerca de 50 famílias sem terra. Em junho do ano passado, a Pingo d'Ouro, que possui 1.928 hectares, foi invadida pela primeira vez.
Os sem-terra saíram após o Incra prometer desapropriar a área e assentá-los no local.
"Não vou sair daqui (sede do Incra) sem uma solução. Ou me dão uma indenização ou só saio daqui morta", disse a fazendeira.
O chefe-substituto do Incra em Imperatriz, Arnaldo Monteiro dos Santos, 48, afirmou que o processo de desapropriação da fazenda está em andamento.



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