em Livramento de Nossa Senhora

A seca atinge 257 dos 415 municípios baianos, segundo levantamento realizado pelo governo estadual. O número representa quase 62% do total de municípios do Estado.
O levantamento mostra também que 117 prefeitos baianos já decretaram situação de emergência em seus municípios.
Na semana passada, o governo estadual começou a distribuir cestas básicas para as cerca de 370 mil pessoas afetadas diretamente pela estiagem.
As cestas básicas foram repassadas pelo governo federal.
Para a Fetag (Federação dos Trabalhadores na Agricultura) da Bahia, pelo menos 545 mil pessoas ficaram desempregadas em consequência da seca.
O governo baiano informa que está solicitando a liberação de recursos junto ao governo federal para a construção de poços artesianos, barragens, obras de saneamento básico e criação de frentes de trabalho em todas as cidades afetadas pela estiagem. As verbas para as obras ainda não foram liberadas.
"O governo estadual não está medindo esforços para resolver o problema das famílias atingidas pela seca", afirma a secretária do Trabalho e Ação Social, Ridalva Figueredo.

Quebra de safra
Em Irecê (474 km de Salvador), a seca provocou a quebra total da safra de feijão.
Em dezembro do ano passado, época de plantio, os produtores estimavam uma colheita de 200 mil toneladas do produto.
"Também perdemos toda a safra de milho, mamão e algodão", disse o prefeito do município, Beto Lélis (PSB), 42.
Com a quebra da safra, os agricultores começaram a deixar a região de Irecê para tentar a sorte em outros Estados.
Pelo menos 5.000 pessoas já deixaram os 19 municípios da região nos últimos dois meses, segundo dados da Prefeitura de Irecê.
Em Vitória da Conquista (505 km de Salvador), a estiagem desempregou cerca de 30 mil pessoas, segundo a prefeitura.
A maioria dos desempregados trabalhavam na lavoura de café. (LF)



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