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NORDESTE
Se condenado, líder do MST pode ficar preso por até seis meses
PF pede a prisão de Stedile,
acusado de incitar saques
da Sucursal do Rio
O delegado
Antônio Carlos
Rayol, da Superintendência da
Polícia Federal
do Rio, deverá
pedir hoje à Justiça Federal a prisão preventiva do
líder do MST (Movimento dos
Trabalhadores Rurais Sem Terra)
João Pedro Stedile.
O pedido de prisão tem como
base a suposta incitação a saques
no Nordeste que teria sido feita
por Stedile em palestra no Clube
de Engenharia do Rio, no dia 5 de
maio.
Após um seminário sobre reforma agrária realizado no clube, Stedile chegou a dizer que "até o Sérgio Motta, lá do inferno, deve estar
a favor dos saques".
O líder do MST está sendo acusado pela PF de ter incitado e feito
apologia da prática de crime, estando incurso nos artigos 286 e
287 do Código Penal. Se vier a ser
condenado, poderá pegar de três a
seis meses de prisão.
Stedile responde a inquérito que
foi aberto na superintendência do
Rio a pedido do diretor-geral da
Polícia Federal, Vicente Chelotti.
Segundo Rayol, a prisão do líder
do MST garantiria a preservação
da ordem pública.
O delegado requisitou às Superintendências da Polícia Federal
de Pernambuco e do Ceará informações sobre os saques ocorridos
no Nordeste, para tentar estabelecer se as declarações de Stedile
contribuíram para os saques.
Rayol requisitou a emissoras de
TV fitas de vídeo em que o líder do
MST aparece dando declarações
durante o seminário promovido
no Clube de Engenharia do Rio.
As fitas apenas reforçariam as
supostas provas contra Stedile,
pois, segundo a Comunicação Social da PF do Rio, o delegado está
convicto da prática de crime.
Segundo o serviço de Comunicação Social, caberá a Stedile, se for
decretada a sua prisão preventiva,
entrar na Justiça com um pedido
de habeas corpus ou de relaxamento de prisão. Rayol deve encaminhar o pedido de prisão preventiva à Justiça Federal até o início da
tarde de hoje.
A Folha não localizou ontem
Stedile ou seu advogado, Luiz
Eduardo Greenhalgh, para comentar a ação da PF.
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