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Peemedebista
será o último
a depor na PF
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O presidente do Senado, Jader
Barbalho (PMDB-PA), deverá ser
o último a depor no inquérito
aberto pela Polícia Federal para
apurar seu suposto envolvimento
em uma operação fraudulenta para comprar 55,2 mil Títulos da Dívida Agrária (TDAs) por R$ 5,3
milhões, em valores atualizados.
A base do inquérito é uma reportagem publicada pela revista
"IstoÉ", na qual Jader é acusado,
numa suposta gravação, de ser o
destinatário de um cheque que
consumou a operação das TDAs.
"Não entendo de inquérito policial e não vou emitir juízo de valor
sobre isso. Só quero uma apuração rápida", disse Jader: ""A sociedade precisa saber se é um episódio real, que tem procedência, ou
se está sendo enganada com mais
um escândalo fabricado".
O presidente do inquérito, delegado Luís Fernando Ayres Machado, deverá ouvir o banqueiro
Serafim de Moraes, sua mulher,
Vera Campos, o advogado Gildo
Ferraz e o vendedor das TDAs,
Vicente de Paula Pedrosa da Silva.
No entendimento da PF, o ideal é
ouvir Jader Barbalho por último.
Os títulos foram usados na desapropriação da fazenda Paraíso
(PA), em 1988, quando Jader era
ministro da Reforma Agrária e
encaminhou ao presidente José
Sarney a documentação para definir as terras como de "interesse
social" e desapropriá-las.
Jader disse que apóia toda apuração de acusações contra ele,
mas que não irá assinar requerimento para criar uma CPI. Ele determinou que o corregedor do Senado, Romeu Tuma (PFL-SP),
acompanhe a investigação da PF.
O líder do governo no Senado,
Romero Jucá (PSDB-RR), disse
que o governo é contra a criação
de uma CPI para investigar as
acusações contra Jader, alegando
que todos os fatos estão sendo
apurados pelo Ministério Público.
A maioria dos senadores do
PMDB e da base governista não é
favorável a uma investigação interna contra Jader, embora reconheça que sua situação está cada
vez mais difícil e que a imagem do
Senado também está desgastada.
""O Senado deveria era votar
propostas que interessam ao
país", disse o presidente do PFL,
Jorge Bornhausen (SC). Jader, segundo ele, ""tem mandato e vai
continuar presidindo o Senado".
O líder do PMDB, Renan Calheiros (AL), disse que Jader já tomou a iniciativa de pedir ao Ministério Público que o investigue e
que cabe ao governo dar uma resposta: ""Compete ao governo não
deixar nenhuma dúvida". Mauro
Miranda (PMDB-GO) disse que,
"enquanto não tiver um papel na
mão, um documento grave, atual,
que prove algum deslize da parte
dele, o Senado não pode abrir um
processo contra Jader".
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