DA SUCURSAL DO RIO

Planejada para ser um protesto contra o apagão e pela instalação da CPI da corrupção, a manifestação convocada por diversas entidades e partidos políticos de oposição ao governo federal funciono como um ato de lançamento da candidatura do governador do Rio, Anthony Garotinho (PSB), à Presidência da República.
A caminhada no centro do Rio reuniu cerca de 15 mil pessoas, segundo a Polícia Militar. Teve apoio da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), ABI (Associação Brasileira de Imprensa), entidades estudantis e sindicais, além do PT, PC do B, PSTU, PCB e PSB.
A maioria dos militantes apoiava a candidatura de Garotinho. Isso constrangeu oradores de partidos com posições diferentes.
A deputada federal Jandira Feghali (PC do B), cujo partido defende a união das esquerdas em 2002, chegou a pedir que os simpatizantes de Garotinho fizessem silêncio para que ela continuasse suas críticas ao governo federal.
O governador foi vaiado por alguns petistas. Garotinho culpou FHC pela crise de energia, em tom de pregação. "Bendito é o apagão, que abriu a cabeça dos brasileiros para que percebam o quanto esse governo é incompetente na condução do país", afirmou
O presidente nacional do PT, José Dirceu, defendeu a união das oposições no segundo turno das eleições presidenciais e elogiou Garotinho por organizar o ato.
Vários prefeitos do interior do Rio, que apóiam Garotinho, organizaram caravanas para levar manifestantes ao ato. Muitos utilizavam camisetas e cantavam slogans defendendo a candidatura do governador.
Em greve, os funcionários de empresas estaduais, da Universidade do Estado do Rio e da Faetec (Fundação de Apoio às Escolas Técnicas) tiveram que protestar em uma ala espremida entre políticos do PSB e funkeiros.
O trânsito no centro do Rio ficou caótico devido à manifestação, realizada sob chuva a maior parte do tempo.


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