São Paulo, quarta-feira, 13 de junho de 2007

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Painel

RENATA LO PRETE - painel@uol.com.br

Sprint

É alto o nível de imprevisibilidade na votação da reforma política, mas grupos favoráveis à lista fechada, item mais polêmico da proposta que vai a plenário hoje, mostravam-se mais articulados na noite de ontem.
No último cálculo do PT, caso a direção consiga impor o fechamento de questão pró-lista, o número de rebeldes que votarão contra a orientação do comando deve ficar em torno de uma dezena. O DEM apostava em consenso a favor do dispositivo, enquanto o líder tucano, Antonio Carlos Pannunzio (SP), trabalhava para garantir maioria no PSDB. Os peemedebistas chegaram a realizar uma enquete com cédulas. Cerca de 60% do partido deve apoiar a votação em lista.

Tenho dito. "Nunca conversei com Sérgio Sá", afirma o ministro das Cidades, Márcio Fortes, em resposta à notícia de que a PF tem gravados pelo menos três telefonemas seus com o lobista-mor da Operação Navalha.

Veja bem. A bancada do PP vai defender Márcio Fortes, mas não pretende "quebrar lanças" pelo ministro. Os deputados são rápidos em lembrar que ele foi indicado como uma solução pedida pelo próprio Lula, interessado em ter um "técnico" no posto.

Franciscano. Já Severino Cavalcanti, que antes de ser derrubado pelo mensalinho apresentou o nome de Fortes para as Cidades, não economiza elogios: "É um homem puro, um homem pobre, que serviu a todos os governos. Hoje, no Brasil, querem jogar pedra em todo mundo".

Vista cansada 1. Ao tentar agendar encontro da bancada do PSOL com Epitácio Cafeteira (PTB-MA), relator do processo contra Renan Calheiros (PMDB-AL), para entregar ofício pedindo que sejam tomados depoimentos de pessoas vinculadas ao caso, José Nery (PSOL-PA) ouviu da assessoria que o senador tinha consulta oftalmológica.

Vista cansada 2. Diante da insistência do senador, pois a consulta não duraria o dia todo, a assessoria citou um artigo da resolução que criou o Conselho de Ética para dizer que, como relator, Cafeteira não poderia ter contato com ninguém, para julgar com absoluta isenção.

Xerox. Os advogados de Renan concluíam versão resumida de sua defesa entregue a Cafeteira para enviar a cada um dos membros do Conselho de Ética antes mesmo de o relator se pronunciar.

Tenho dito. "Nunca conversei com Sérgio Sá", afirma o ministro das Cidades, Márcio Fortes, em resposta à notícia de que a PF tem gravados pelo menos três telefonemas seus com o lobista-mor da Operação Navalha.

Veja bem. A bancada do PP vai defender Márcio Fortes, mas não pretende "quebrar lanças" pelo ministro. Os deputados são rápidos em lembrar que ele foi indicado como uma solução pedida pelo próprio Lula, interessado em ter um "técnico" no posto.

Franciscano. Já Severino Cavalcanti, que antes de ser derrubado pelo mensalinho apresentou o nome de Fortes para as Cidades, não economiza elogios: "É um homem puro, um homem pobre, que serviu a todos os governos. Hoje, no Brasil, querem jogar pedra em todo mundo".

Vista cansada 1. Ao tentar agendar encontro da bancada do PSOL com Epitácio Cafeteira (PTB-MA), relator do processo contra Renan Calheiros (PMDB-AL), para entregar ofício pedindo que sejam tomados depoimentos de pessoas vinculadas ao caso, José Nery (PSOL-PA) ouviu da assessoria que o senador tinha consulta oftalmológica.

Vista cansada 2. Diante da insistência do senador, pois a consulta não duraria o dia todo, a assessoria citou um artigo da resolução que criou o Conselho de Ética para dizer que, como relator, Cafeteira não poderia ter contato com ninguém, para julgar com absoluta isenção.

Xerox. Os advogados de Renan concluíam versão resumida de sua defesa entregue a Cafeteira para enviar a cada um dos membros do Conselho de Ética antes mesmo de o relator se pronunciar.

De leve. O DEM já mostra disposição de investigar Vavá, irmão de Lula. O partido quer usar a Comissão de Controle das Atividades de Inteligência, presidida pelo senador Heráclito Fortes (PI), para convocar o diretor da PF, Paulo Lacerda, e o ministro Tarso Genro (Justiça) a fim de ouvi-los sobre vazamentos da Operação Xeque-Mate.

Barricadas. Do líder do governo na Câmara, José Múcio (PTB-PE), incumbido de esvaziar a CPI da Navalha: "Vou montar uma brigada anti-CPI na liderança, porque é só isso que eu faço ultimamente".

Contramão. A confirmação da permanência de Lacerda na direção da PF destoa de pesquisa feita na corporação em janeiro. De 290 delegados ouvidos, Renato Porciúncula foi o mais votado para assumir o posto de comando.

Orelha quente. Após debate sobre reforma política no PT anteontem, integrantes do antigo Campo Majoritário se reuniram para discutir os espaços perdidos no governo depois que Tarso, inimigo do grupo, passou a comandar as nomeações do segundo escalão da administração federal.

Sonho meu. O presidente da Câmara paulistana, Antonio Carlos Rodrigues (PR), só pensa naquilo: ser o vice na chapa do PT para a prefeitura em 2008. Mas somente se a candidata for Marta Suplicy.

Tiroteio

"Alguma coisa está errada quando o PT passa a defender a mesma proposta que o DEM".
Do deputado GERALDO MAGELA (PT-DF) sobre o fato de o partido adversário propor o voto em lista fechada na reforma política, posição sobre a qual os petistas devem fechar questão em encontro hoje.

Contraponto

Ordens são ordens

Em recente visita à sede do governo do DF, num galpão de Taguatinga, Henrique Hargreaves, ex-ministro da Casa Civil no governo Itamar Franco, brincava com o fato de não haver divisórias entre as salas dos secretários:
-Mas governo não funciona assim, sem burocracia.
Assessores do governador José Roberto Arruda (DEM) quiseram saber o motivo do espanto, e ele completou:
-Quando cheguei ao Planalto havia um guarda tomando conta de uma parede. Perguntei o que ele fazia ali, e me responderam que oito anos antes aquela parede havia sido pintada. O guarda tinha sido designado para cuidar dela, e desde então ninguém se lembrara de tirá-lo de lá.


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