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Painel
RENATA LO PRETE - painel@uol.com.br
Sprint
É alto o nível de imprevisibilidade na votação da reforma política, mas grupos favoráveis à lista fechada,
item mais polêmico da proposta que vai a plenário hoje, mostravam-se mais articulados na noite de ontem.
No último cálculo do PT, caso a direção consiga impor o fechamento de questão pró-lista, o número de
rebeldes que votarão contra a orientação do comando
deve ficar em torno de uma dezena. O DEM apostava
em consenso a favor do dispositivo, enquanto o líder
tucano, Antonio Carlos Pannunzio (SP), trabalhava
para garantir maioria no PSDB. Os peemedebistas
chegaram a realizar uma enquete com cédulas. Cerca
de 60% do partido deve apoiar a votação em lista.
Tenho dito. "Nunca conversei com Sérgio Sá", afirma o ministro das Cidades, Márcio Fortes, em resposta à notícia de
que a PF tem gravados pelo menos três telefonemas seus com
o lobista-mor da Operação Navalha.
Veja bem. A bancada do PP
vai defender Márcio Fortes,
mas não pretende "quebrar
lanças" pelo ministro. Os deputados são rápidos em lembrar
que ele foi indicado como uma
solução pedida pelo próprio
Lula, interessado em ter um
"técnico" no posto.
Franciscano. Já Severino
Cavalcanti, que antes de ser
derrubado pelo mensalinho
apresentou o nome de Fortes
para as Cidades, não economiza elogios: "É um homem puro,
um homem pobre, que serviu a
todos os governos. Hoje, no
Brasil, querem jogar pedra em
todo mundo".
Vista cansada 1. Ao tentar
agendar encontro da bancada
do PSOL com Epitácio Cafeteira (PTB-MA), relator do processo contra Renan Calheiros
(PMDB-AL), para entregar ofício pedindo que sejam tomados
depoimentos de pessoas vinculadas ao caso, José Nery
(PSOL-PA) ouviu da assessoria
que o senador tinha consulta
oftalmológica.
Vista cansada 2. Diante
da insistência do senador, pois
a consulta não duraria o dia todo, a assessoria citou um artigo
da resolução que criou o Conselho de Ética para dizer que,
como relator, Cafeteira não poderia ter contato com ninguém, para julgar com absoluta
isenção.
Xerox. Os advogados de Renan concluíam versão resumida de sua defesa entregue a Cafeteira para enviar a cada um
dos membros do Conselho de
Ética antes mesmo de o relator
se pronunciar.
Tenho dito. "Nunca conversei com Sérgio Sá", afirma
o ministro das Cidades, Márcio Fortes, em resposta à notícia de que a PF tem gravados
pelo menos três telefonemas
seus com o lobista-mor da
Operação Navalha.
Veja bem. A bancada do
PP vai defender Márcio Fortes, mas não pretende "quebrar lanças" pelo ministro. Os
deputados são rápidos em
lembrar que ele foi indicado
como uma solução pedida pelo próprio Lula, interessado
em ter um "técnico" no posto.
Franciscano. Já Severino
Cavalcanti, que antes de ser
derrubado pelo mensalinho
apresentou o nome de Fortes
para as Cidades, não economiza elogios: "É um homem
puro, um homem pobre, que
serviu a todos os governos.
Hoje, no Brasil, querem jogar
pedra em todo mundo".
Vista cansada 1. Ao tentar agendar encontro da bancada do PSOL com Epitácio
Cafeteira (PTB-MA), relator
do processo contra Renan Calheiros (PMDB-AL), para entregar ofício pedindo que sejam tomados depoimentos de
pessoas vinculadas ao caso,
José Nery (PSOL-PA) ouviu
da assessoria que o senador tinha consulta oftalmológica.
Vista cansada 2. Diante
da insistência do senador,
pois a consulta não duraria o
dia todo, a assessoria citou
um artigo da resolução que
criou o Conselho de Ética para dizer que, como relator,
Cafeteira não poderia ter contato com ninguém, para julgar com absoluta isenção.
Xerox. Os advogados de Renan concluíam versão resumida de sua defesa entregue a
Cafeteira para enviar a cada
um dos membros do Conselho de Ética antes mesmo de o
relator se pronunciar.
De leve. O DEM já mostra
disposição de investigar Vavá,
irmão de Lula. O partido quer
usar a Comissão de Controle
das Atividades de Inteligência, presidida pelo senador
Heráclito Fortes (PI), para
convocar o diretor da PF,
Paulo Lacerda, e o ministro
Tarso Genro (Justiça) a fim de
ouvi-los sobre vazamentos da
Operação Xeque-Mate.
Barricadas. Do líder do governo na Câmara, José Múcio
(PTB-PE), incumbido de esvaziar a CPI da Navalha: "Vou
montar uma brigada anti-CPI
na liderança, porque é só isso
que eu faço ultimamente".
Contramão. A confirmação da permanência de Lacerda na direção da PF destoa de
pesquisa feita na corporação
em janeiro. De 290 delegados
ouvidos, Renato Porciúncula
foi o mais votado para assumir o posto de comando.
Orelha quente. Após debate sobre reforma política no
PT anteontem, integrantes do
antigo Campo Majoritário se
reuniram para discutir os espaços perdidos no governo
depois que Tarso, inimigo do
grupo, passou a comandar as
nomeações do segundo escalão da administração federal.
Sonho meu. O presidente
da Câmara paulistana, Antonio Carlos Rodrigues (PR), só
pensa naquilo: ser o vice na
chapa do PT para a prefeitura
em 2008. Mas somente se a
candidata for Marta Suplicy.
Tiroteio
"Alguma coisa está errada quando o PT passa
a defender a mesma proposta que o DEM".
Do deputado GERALDO MAGELA (PT-DF) sobre o fato de o partido adversário propor o voto em lista fechada na reforma política, posição sobre a qual os petistas devem fechar questão em encontro hoje.
Contraponto
Ordens são ordens
Em recente visita à sede do governo do DF, num galpão
de Taguatinga, Henrique Hargreaves, ex-ministro da Casa
Civil no governo Itamar Franco, brincava com o fato de
não haver divisórias entre as salas dos secretários:
-Mas governo não funciona assim, sem burocracia.
Assessores do governador José Roberto Arruda (DEM)
quiseram saber o motivo do espanto, e ele completou:
-Quando cheguei ao Planalto havia um guarda tomando conta de uma parede. Perguntei o que ele fazia ali, e me responderam que oito anos antes aquela parede havia
sido pintada. O guarda tinha sido designado para cuidar
dela, e desde então ninguém se lembrara de tirá-lo de lá.
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