São Paulo, sábado, 13 de julho de 2002

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

RUMO ÀS ELEIÇÕES

Presidenciáveis da oposição, porém, divergem sobre a possibilidade de fechar novo acordo com o FMI

Candidatos apóiam conversas de Armínio

DA REDAÇÃO

Os principais candidatos à Presidência apóiam as conversações do presidente do Banco Central, Armínio Fraga, com a oposição, mas a adesão a um novo acordo com o FMI (Fundo Monetário Internacional) varia bastante.
José Serra (PSDB) apóia uma prorrogação do acordo com o FMI, mas "não porque o Brasil esteja precisando de reservas": "O nível das reservas hoje é satisfatório e não vejo prejuízo nenhum haver um acordo mais amplo, porque dará mais garantia e segurança econômica para o futuro".
O candidato tucano disse também que acha "positiva" a disposição do presidente do Banco Central, Armínio Fraga, de discutir a transição do governo com o petista Aloizio Mercadante e economistas da oposição: "Não vejo nada de negativo nisso".
Anthony Garotinho (PSB), por sua vez, apoiaria um "acordo de transição", mas só "se for um acordo a favor do país". Ele admite cumprir as metas de inflação e de superávit primário, "desde que seja de um ano, para que não engesse o próximo governo."
Luiz Inácio Lula da Silva (PT) apóia a reunião, agendada para a próxima semana, entre Armínio Fraga e Aloizio Mercadante: "Não vejo nenhum problema. Vamos discutir a oportunidade política da conversa. A única coisa que disse é que ela precisa ser feita à luz do dia. Já disse que, se o governo quiser conversar, que convoque a oposição. Não vamos nos negar a conversar".
Lula já descartou, porém, a possibilidade de um partido de oposição firmar um pré-acordo com o FMI: "Até o dia 31 de dezembro de 2002, o presidente Fernando Henrique governa este país. Não existe essa da oposição, que não é nem convidada a assumir compromisso, assinar acordo que tem que ser assinado pelo governo".
Ciro Gomes (PPS), por sua vez, disse ontem que, se for convidado, conversará "sem nenhum problema" com o presidente do Banco Central, Armínio Fraga.
"Claro que eu iria [conversar". Quero avisar, antes de mais nada, que sou amigo dele", disse Ciro.
Ciro elogiou a iniciativa do presidente do BC de procurar Mercadante, mas ressaltou que mantém "discrepâncias conceituais" com a política econômica de Fraga e do ministro da Fazenda, Pedro Malan: "Quero dizer que são duas figuras muito respeitáveis, honestas e bem intencionadas. Mas, no plano das idéias, do modelo econômico, acho que eles estão completamente equivocados", disse.


Colaboraram Reportagem Local, Sucursal do Rio e Agência Folha



Texto Anterior: Lula e Benedita debatem problemas de segurança
Próximo Texto: Presidente elogia iniciativa do BC
Índice


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.