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RUMO ÀS ELEIÇÕES
Presidenciáveis da oposição, porém, divergem sobre a possibilidade de fechar novo acordo com o FMI
Candidatos apóiam conversas de Armínio
DA REDAÇÃO
Os principais candidatos à Presidência apóiam as conversações
do presidente do Banco Central,
Armínio Fraga, com a oposição,
mas a adesão a um novo acordo
com o FMI (Fundo Monetário Internacional) varia bastante.
José Serra (PSDB) apóia uma
prorrogação do acordo com o
FMI, mas "não porque o Brasil esteja precisando de reservas": "O
nível das reservas hoje é satisfatório e não vejo prejuízo nenhum
haver um acordo mais amplo,
porque dará mais garantia e segurança econômica para o futuro".
O candidato tucano disse também que acha "positiva" a disposição do presidente do Banco
Central, Armínio Fraga, de discutir a transição do governo com o
petista Aloizio Mercadante e economistas da oposição: "Não vejo
nada de negativo nisso".
Anthony Garotinho (PSB), por
sua vez, apoiaria um "acordo de
transição", mas só "se for um
acordo a favor do país". Ele admite cumprir as metas de inflação e
de superávit primário, "desde que
seja de um ano, para que não engesse o próximo governo."
Luiz Inácio Lula da Silva (PT)
apóia a reunião, agendada para a
próxima semana, entre Armínio
Fraga e Aloizio Mercadante: "Não
vejo nenhum problema. Vamos
discutir a oportunidade política
da conversa. A única coisa que
disse é que ela precisa ser feita à
luz do dia. Já disse que, se o governo quiser conversar, que convoque a oposição. Não vamos nos
negar a conversar".
Lula já descartou, porém, a possibilidade de um partido de oposição firmar um pré-acordo com
o FMI: "Até o dia 31 de dezembro
de 2002, o presidente Fernando
Henrique governa este país. Não
existe essa da oposição, que não é
nem convidada a assumir compromisso, assinar acordo que tem
que ser assinado pelo governo".
Ciro Gomes (PPS), por sua vez,
disse ontem que, se for convidado, conversará "sem nenhum
problema" com o presidente do
Banco Central, Armínio Fraga.
"Claro que eu iria [conversar".
Quero avisar, antes de mais nada,
que sou amigo dele", disse Ciro.
Ciro elogiou a iniciativa do presidente do BC de procurar Mercadante, mas ressaltou que mantém
"discrepâncias conceituais" com
a política econômica de Fraga e
do ministro da Fazenda, Pedro
Malan: "Quero dizer que são duas
figuras muito respeitáveis, honestas e bem intencionadas. Mas, no
plano das idéias, do modelo econômico, acho que eles estão completamente equivocados", disse.
Colaboraram Reportagem Local, Sucursal do Rio e Agência Folha
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