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Crítica é "injusta", diz Lafer
da Sucursal de Brasília
O ministro do Desenvolvimento, Celso Lafer, declarou ontem
que as críticas ao seu trabalho no
ministério são "incorretas e injustas" e reagiu, pela primeira vez, às
argumentações contrárias à sua
permanência no posto.
Lafer afirmou que considera esses comentários como "observações no plano da personalidade" e
acrescentou que não quer criar
dificuldades para que o presidente Fernando Henrique Cardoso
decida sobre sua continuidade ou
não no ministério.
"A observação que vejo na imprensa vinculada à inação deste
ministério me parece incorreta e
injusta", afirmou em um tom de
voz mais elevado que o habitual.
"Meu cargo é de confiança, e, da
maneira como interpreto, o presidente tem todas as condições para
avaliar a minha permanência.
Não serei eu que estarei criando
alguma dificuldade para o presidente", completou ele, após cerimônia de criação do fundo de
aval para micros e pequenas empresas.
Na última quarta-feira, Lafer fez
declarações que indicavam o
acerto com FHC de sua sobrevivência à reforma ministerial, prevista para esta semana.
Na ocasião, o ministro afirmou
que havia discutido "o tema da
continuidade" com Fernando
Henrique e deu posse aos dois novos presidentes de agências ligadas ao ministério, cujos nomes
havia sugerido ao presidente.
A maior parte das críticas contra a permanência de Celso Lafer
à frente do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio
provêem do mesmo PSDB ao
qual Lafer é filiado e dos demais
partidos da base governista no
Congresso.
"Tempo da economia é mais
lento que o das aspirações políticas", argumentou ontem o ministro, ao lado do presidente do
BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), José Pio Borges, provocando
silêncio na sala de reuniões do 6º
andar do ministério.
Segundo Lafer, o ministério tem
trabalhado com "problemas difíceis" -álcool, açúcar, café, regime automotivo, pequenas empresas e desenvolvimento das regiões Norte e Nordeste.
Antes de ser chamado a conduzir o ministério, Lafer era embaixador do Brasil na delegação permanente do Brasil em Genebra.
Entre suas atribuições estava representar o país na OMC (Organização Mundial do Comércio).
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