São Paulo, domingo, 13 de agosto de 2000 |
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PAINEL Recôncavo baiano ACM está decidido. A amigos já confidenciou que disputará o governo da Bahia em 2002. Avalia que, depois de deixar a presidência do Senado, terá mais chances de irradiar sua influência sobre a política nacional a partir de casa. E conta com sua eleição para fazer uma bancada carlista de peso no Congresso. Pacto de sangue Preparando sua volta à Bahia, ACM está ao mesmo tempo fechadíssimo com Tasso Jereissati (CE), com quem tem se encontrado frequentemente. O baiano joga todas as fichas para inviabilizar as chances presidenciais do tucanato paulista, isto é, de Mário Covas e José Serra. Ampulheta política ACM é vago sobre a data em que pretende votar o pedido de quebra de sigilos de EJ. Com a cumplicidade de PFL e PMDB, que têm interesse em manter FHC sob rédeas curtas enquanto negociam as eleições para as presidências da Câmara e do Senado e a reforma ministerial. Sombra de Ícaro Veneno de Heloísa Helena, líder do PT no Senado, sobre as contradições no depoimento de EJ à subcomissão: "A cada dia, cai uma dúzia de penas das asas do anjinho Eduardo Jorge". Ponto futuro O Senado tem um motivo a mais para manter a investigação de EJ em banho-maria: não correr o risco de aparecer alguma nova denúncia após encerrar o caso e passar um atestado de bons antecedentes para o ex-ministro. Seria um desastre. Batendo bumbo O repentino aparecimento do nome de Marco Maciel na lista dos possíveis sucessores de FHC tem uma explicação: o vice vai mal das pernas em pesquisas para o Senado em Pernambuco. Cheiro de pólvora Aguarda-se ansiosamente o que Covas dirá de FHC amanhã à noite no "Roda Viva". Relógio biológico Em acelerada corrida para sagrar-se candidato do governo em 2002, Serra (Saúde) faz plantão amanhã na sede do PSDB em SP. Para gravar mensagens de apoio aos candidatos tucanos no Estado. O ministro, que tem fama de trocar o dia pela noite, diz que só fará campanha fora do horário de expediente. Estação Planalto Serra acusa a oposição de federalizar a eleição municipal. Mas o cardápio que serve a seus candidatos é nacional: congelamento do preço dos remédios, medicamentos genéricos, vinculação de verbas para a saúde e proibição da propaganda de cigarro. E ainda diz que 2000 não funcionará como prévia de 2002. Preço de um voto Na votação do salário mínimo, João Caldas (PL-AL) votou contra o governo no primeiro turno e a favor no segundo. Razão: a promessa do Planalto de liberar uma emenda no valor R$ 13 milhões para uma estrada que cruza cinco municípios da Zona da Mata de Alagoas. Balcão dos espertos Do total prometido, o Planalto empenhou R$ 8,5 milhões (e já enviou R$ 1,5 milhão) para a cidade de Ibateguara, cuja prefeita é a mãe de Caldas. Resultado: rebelião no restante da bancada alagoana. "É uma imoralidade. Nos sentimos fraudados", diz Olavo Calheiros (PMDB). Ossos do ofício Problema à vista para o governo em futuras votações na Câmara: um dos cursos de medicina cassados pelo MEC por falta de qualidade é do deputado Paulo Lima (PMDB-SP), um aliado que não gostou nada de ser tratado como oposicionista. Inês é morta Os tucanos estão arrependidos por não terem apoiado a recandidatura de Luiz Paulo Conde no Rio. O prefeito hoje lidera as pesquisas. E a coligação poderia ter servido de mote para tentar atrair o PFL para a candidatura de Geraldo Alckmin (PSDB) em São Paulo, que segue mal. TIROTEIO De Leonel Brizola, candidato do PDT à eleição no Rio, sobre a polarização da disputa entre Luiz Paulo Conde (PFL) e Cesar Maia (PTB): - Se a eleição ficar dividida entre o demônio e o diabo, quem vai ganhar é o inferno. CONTRAPONTO O pianista frustrado
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