São Paulo, domingo, 13 de agosto de 2000


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ELEIÇÕES 2000
DATAFOLHA
Às vesperas do horário gratuito, petista atinge seu mais alto índice desde abril, enquanto rivais mais próximos ficam empatados
Marta atinge 36% e consolida liderança em SP; Maluf tem 16% e Erundina, 14%

DA REPORTAGEM LOCAL

Com 36% de intenção de voto, a candidata Marta Suplicy (PT) atinge sua melhor marca na série de pesquisas do Datafolha desde abril e consolida a liderança na disputa pela Prefeitura de São Paulo a poucos dias do início do horário eleitoral gratuito.
Em segundo lugar, em razão de uma margem de erro de no máximo três pontos percentuais para mais ou para menos, seguem empatados tecnicamente Paulo Maluf (PPB) e Luiza Erundina (PSB). Têm 16% e 14% de intenção de voto, respectivamente.
Maluf, que oscilou negativamente um ponto percentual em relação ao último levantamento, parece ter se estabilizado depois de quase chegar ao fundo do poço em 25 de abril.
Naquela época, auge do "efeito Nicéa Pitta", obteve apenas 11% -percentual modesto para uma corrente política tradicional.
Erundina, que caiu três pontos em relação à última pesquisa, obtém seu pior índice na série de levantamentos deste pleito.
A candidata do PSB vem perdendo força desde 11 de maio, seu melhor momento, quando ostentou 25% e chegou a ameaçar Marta Suplicy. A petista, aliás, arrancou de 27% em 25 de abril para os 36% atuais.

Empate técnico
Pela quinta pesquisa consecutiva, Geraldo Alckmin, o candidato do PSDB a prefeito, mantém os 4% de intenção de voto.
A novidade, que não deve animar os tucanos, é que está um ponto à frente do senador Romeu Tuma (PFL), com quem permanece empatado tecnicamente.
O pefelista, que tinha 11% em 25 de abril, chega agora a 3%, a mesma taxa de Fernando Collor de Mello (PRTB).
Em benefício de Tuma, note-se que, no cenário no qual Collor está fora, ele fica com 5% e tem vantagem de um ponto sobre Alckmin (4%), com quem se manteria empatado tecnicamente.
A participação de Collor na eleição não está definida. Ele quer derrubar na Justiça a proibição de participar do horário eleitoral que começa na terça-feira, dia 15, e aguarda decisão do Tribunal Regional Eleitoral a respeito da legalidade de sua candidatura.
Entre os demais candidatos, Enéas, do Prona, manteve os 2% que obteve anteriormente.
Outros candidatos foram citados sem que a menção a seus nomes atingisse 1%. São eles: Marcos Cintra (PL), José Maria Marin (PSC), Rui Costa Pimenta (PCO), José de Abreu (PTN), Ciro Moura (PRN), Fábio Bosco (PSTU) e João Manuel Baptista (PSDC).
Os candidatos Osmar Lins (PAN) e Canindé Pegado (PGT) não obtiveram uma única citação, apesar de seus nomes constarem do cartão de entrevistas.
É de 15% o percentual dos entrevistados que votariam em branco ou anulariam sua escolha. Se a eleição fosse hoje, 5% afirmam que não saberiam em quem votar.

Disputa na esquerda
Segundo a pesquisa do Datafolha, Marta Suplicy cresceu em cima do eleitorado de Luiza Erundina -a primeira ganhou pontos em segmentos em proporção semelhante aos pontos perdidos pela segunda.
Exemplo: entre os entrevistados que estudaram até o 1º grau, Marta, Erundina e Maluf seguiam tecnicamente empatados no levantamento anterior.
Agora, Marta abocanhou três pontos percentuais nesse segmento, passando de 25% para 28%.
Erundina caiu de 21% para 16%. E Maluf, dentro da margem de erro, oscilou de 20% para 21%.
Entre os eleitores com renda familiar mensal até dez salários mínimos, Erundina caiu de 20% para 16%, enquanto Marta oscilou de 32% para 34%.
No segmento de pesquisados com renda familiar mensal entre 10 e 20 salários mínimos, Erundina desceu de 14% para 9%.
Marta subiu de 39% para 43%. Erundina cresceu entre os entrevistados de maior renda (de 7% para 13%), mas Marta também (de 39% para 43%).
(KENNEDY ALENCAR)




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