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ELEIÇÕES 2000
DATAFOLHA
Às vesperas do horário gratuito, petista atinge seu mais alto índice desde abril, enquanto rivais mais próximos ficam empatados
Marta atinge 36% e consolida liderança em SP; Maluf tem 16% e Erundina, 14%
DA REPORTAGEM LOCAL
Com 36% de intenção de voto, a
candidata Marta Suplicy (PT)
atinge sua melhor marca na série
de pesquisas do Datafolha desde
abril e consolida a liderança na
disputa pela Prefeitura de São
Paulo a poucos dias do início do
horário eleitoral gratuito.
Em segundo lugar, em razão de
uma margem de erro de no máximo três pontos percentuais para
mais ou para menos, seguem empatados tecnicamente Paulo Maluf (PPB) e Luiza Erundina (PSB).
Têm 16% e 14% de intenção de
voto, respectivamente.
Maluf, que oscilou negativamente um ponto percentual em
relação ao último levantamento,
parece ter se estabilizado depois
de quase chegar ao fundo do poço
em 25 de abril.
Naquela época, auge do "efeito
Nicéa Pitta", obteve apenas 11%
-percentual modesto para uma
corrente política tradicional.
Erundina, que caiu três pontos
em relação à última pesquisa, obtém seu pior índice na série de levantamentos deste pleito.
A candidata do PSB vem perdendo força desde 11 de maio, seu
melhor momento, quando ostentou 25% e chegou a ameaçar Marta Suplicy. A petista, aliás, arrancou de 27% em 25 de abril para os
36% atuais.
Empate técnico
Pela quinta pesquisa consecutiva, Geraldo Alckmin, o candidato
do PSDB a prefeito, mantém os
4% de intenção de voto.
A novidade, que não deve animar os tucanos, é que está um
ponto à frente do senador Romeu
Tuma (PFL), com quem permanece empatado tecnicamente.
O pefelista, que tinha 11% em 25
de abril, chega agora a 3%, a mesma taxa de Fernando Collor de
Mello (PRTB).
Em benefício de Tuma, note-se
que, no cenário no qual Collor está fora, ele fica com 5% e tem vantagem de um ponto sobre Alckmin (4%), com quem se manteria
empatado tecnicamente.
A participação de Collor na eleição não está definida. Ele quer
derrubar na Justiça a proibição de
participar do horário eleitoral que
começa na terça-feira, dia 15, e
aguarda decisão do Tribunal Regional Eleitoral a respeito da legalidade de sua candidatura.
Entre os demais candidatos,
Enéas, do Prona, manteve os 2%
que obteve anteriormente.
Outros candidatos foram citados sem que a menção a seus nomes atingisse 1%. São eles: Marcos Cintra (PL), José Maria Marin
(PSC), Rui Costa Pimenta (PCO),
José de Abreu (PTN), Ciro Moura
(PRN), Fábio Bosco (PSTU) e
João Manuel Baptista (PSDC).
Os candidatos Osmar Lins
(PAN) e Canindé Pegado (PGT)
não obtiveram uma única citação,
apesar de seus nomes constarem
do cartão de entrevistas.
É de 15% o percentual dos entrevistados que votariam em
branco ou anulariam sua escolha.
Se a eleição fosse hoje, 5% afirmam que não saberiam em quem
votar.
Disputa na esquerda
Segundo a pesquisa do Datafolha, Marta Suplicy cresceu em cima do eleitorado de Luiza Erundina -a primeira ganhou pontos
em segmentos em proporção semelhante aos pontos perdidos pela segunda.
Exemplo: entre os entrevistados
que estudaram até o 1º grau, Marta, Erundina e Maluf seguiam tecnicamente empatados no levantamento anterior.
Agora, Marta abocanhou três
pontos percentuais nesse segmento, passando de 25% para
28%.
Erundina caiu de 21% para 16%.
E Maluf, dentro da margem de erro, oscilou de 20% para 21%.
Entre os eleitores com renda familiar mensal até dez salários mínimos, Erundina caiu de 20% para 16%, enquanto Marta oscilou
de 32% para 34%.
No segmento de pesquisados
com renda familiar mensal entre
10 e 20 salários mínimos, Erundina desceu de 14% para 9%.
Marta subiu de 39% para 43%.
Erundina cresceu entre os entrevistados de maior renda (de 7%
para 13%), mas Marta também
(de 39% para 43%).
(KENNEDY ALENCAR)
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