São Paulo, segunda-feira, 13 de agosto de 2001 |
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PAINEL Desgaste na base A avalanche de denúncias fez o prestígio de Jader Barbalho despencar no Pará, seu reduto eleitoral. Pesquisa encomendada pela oposição revela que 55% dos paraenses querem a cassação do presidente do Senado. Suporte reduzido Há dois meses, Jader Barbalho tinha o apoio de mais de 50% dos paraenses. Agora, só 21% crêem que ele irá provar a sua inocência. Outros 16% acham que Jader deve abandonar a política e 9% querem a renúncia. Derrapagem nos índices Jader também patina nas intenções de voto para 2002. Pesquisas do PMDB o colocam em quarto lugar para o Senado e em terceiro para o governo do Pará. Língua afiada Heloísa Helena (PT-AL) ganhou uma espada de samurai de amigos que visitaram o Japão. "Prometo que não vou usá-la no Senado", ironiza a senadora. Palanque estreito Argumento de aliados de Itamar no PMDB para evitar que ele troque de partido: no PMDB, ele teria palanques em 15 ou 20 Estados, com chances de eleger seis ou sete governadores; já o PDT não tem governador. Dilemas estaduais Dirigentes do PMDB estão preocupados com São Paulo e Rio de Janeiro, onde o partido não tem candidatos fortes. Itamar teria que fazer alianças regionais para garantir os votos. Painel esquecido Na carta em que desistiu de concorrer à presidência do PMDB, Itamar diz ser "visceralmente intolerante com a corrupção e a fraude". Líderes governistas do partido perguntam por que vai condecorar ACM. Metas federais Malan avisou ao PSDB carioca que não concorrerá ao governo do Rio. Se não for candidato à Presidência, disputará o Senado. Apagão no caixa... O governador Geraldo Alckmin tem reclamado a aliados das dificuldades financeiras do Estado. A queda de arrecadação, provocada pelo racionamento, e o adiamento do leilão da Cesp Paraná deixaram o caixa paulista próximo do vermelho. ...sombra nas urnas A falta de recursos ameaça atrasar uma série de obras do governo paulista, entre elas o Rodoanel. Os tucanos temem que o ritmo lento de inaugurações dificulte a campanha de Alckmin à reeleição. Regime forçado O PPS tinha planos de dobrar a sua bancada no Senado até o fim do ano. Mas aconteceu o inverso. Carlos Wilson foi para o PTB e Paulo Hartung é cobiçado pelo PSDB. Pode sobrar apenas o senador Roberto Freire. Fonte secou Para o tucano Marconi Perillo, governador de Goiás, a próxima crise séria ocorrerá na área de saneamento. Há três anos, o governo federal teria paralisado os repasses do fundo curador do FGTS para essas obras, diz. Cravo e canela Estratégia de ACM para o processo eleitoral na Bahia no ano que vem: vai regionalizar a campanha ao máximo, investindo no seu prestígio pessoal. A nacionalização da campanha só interessa ao PT, pois Lula puxaria votos para os aliados baianos. Vias subterrâneas A Comissão de Fiscalização e Controle do Senado criará subcomissão para investigar a aplicação de recursos federais no metrô de Brasília, onde o TCU vê indícios de irregularidades. Turismo interno Roston Nascimento, afilhado do senador Jorge Bornhausen (PFL-SC), deixou a diretoria de marketing da Embratur. Mas ele já tem assegurado um cargo no gabinete do ministro Carlos Melles (Esporte e Turismo). TIROTEIO Do deputado federal Antonio Carlos Pannunzio (PSDB-SP), sobre Ciro Gomes negar que tenha defendido a adesão do partido ao governo Collor: - Na política, é comum alguém mudar de posição. Ele tem o direito de se arrepender de ter defendido o Collor, mas não pode apagar os fatos. CONTRAPONTO O fim da mamata
O ex-deputado federal Maurício Fruet (PMDB-PR), morto
em 1998, adorava imitar vozes
de políticos. No segundo mandato biônico do governador Ney
Braga no Paraná (1979-1982),
Fruet, então deputado estadual,
descobriu um jeito de ajudar
pessoas que necessitavam de
passagens de ônibus pagas pelo
Estado. Ele imitava a voz do governador para fazer os pedidos
por telefone ao amigo Aluízio
Finzetto, do Departamento de
Divulgação do Estado (DDE). |
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