São Paulo, terça-feira, 13 de agosto de 2002

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Chamado de "fujão", Maluf cita Deus e ataca Alckmin

DA REPORTAGEM LOCAL

Depois de ter sido chamado de "fujão" por não ter comparecido ao debate da TV Bandeirantes, Paulo Maluf (PPB) partiu ontem para o contra-ataque. Ele disse que "Deus foi misericordioso" com ele e que, em seu dicionário, "não escreveu a palavra medo".
Em sua resposta, Maluf seguiu a estratégia de atacar apenas Geraldo Alckmin (PSDB). Apesar de ter sido criticado por três candidatos anteontem, só o tucano foi eleito como alvo.
"Foge, por exemplo, quem não cuida da segurança", disse sobre o governador, criticando também a atuação do tucano nas áreas da saúde e educação, na geração de empregos e devido à implantação de pedágios.
Maluf também deu a entender que a Rede Bandeirantes errou ao informar que ele teria decidido não comparecer ao debate só na última sexta-feira. Segundo o pepebista, sua decisão já era de conhecimento da emissora desde segunda-feira da semana passada.
Ontem, a Bandeirantes confirmou que fez contatos com a equipe de Maluf desde o começo da semana passada, mas que só foi comunicada na sexta-feira de que ele não iria ao debate.
O pepebista fez as declarações ao chegar ontem à tarde no hotel Maksoud Plaza (centro de SP), lugar escolhido pelo PPB para realizar uma conferência com Willian Bratton, um dos idealizadores do programa de "tolerância zero" adotado em Nova York.
Na conferência, de cerca de duas horas, Maluf falou menos de cinco minutos à platéia de cerca de 500 pessoas, a maioria pepebista. Ele preferiu ouvir Bratton, para quem o modelo adotado nos EUA é útil para combater o crime no Brasil.
Essa é quarta vez que o especialista é convidado pelo PPB para vir ao Brasil durante campanhas de Maluf. A sigla, que pagou cerca de R$ 20 mil para trazer Bratton ao Brasil, deve ter ficado satisfeita. Ontem, Bratton defendeu a importância de haver um "líder político" no combate à violência, disse que vê em Maluf uma pessoa com "esperança e otimismo" de mudar a onda de violência no Estado e que votaria nele, se fosse eleitor em São Paulo. (JOÃO CARLOS SILVA)



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