São Paulo, terça-feira, 13 de agosto de 2002

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CLAUDIO WEBER ABRAMO

"A candidatura é mais pasteurizada do que em 1994"

DA REPORTAGEM LOCAL

A busca de um arco de alianças mais amplo diluiu a identidade do PT e o discurso do candidato à Presidência Luiz Inácio Lula da Silva na sabatina da Folha. Essa é a avaliação de Claudio Weber Abramo, secretário-geral da Transparência Brasil, uma organização de combate à corrupção.
"Há uma diluição das propostas do partido quando são comparadas com as das eleições de 1994", diz Weber Abramo. "A candidatura é muito mais pasteurizada do que era naquela disputa."
A pasteurização, na sua avaliação, fez com que as propostas perdessem clareza. Ele dá um exemplo: Lula não explicou na sabatina quem vai perder com uma política de redistribuição de renda. "Isso é fundamental porque, num país como o Brasil, se você não tiver uma política feroz de redistribuição de renda nada vai mudar. O Lula nunca aponta quem vai ser prejudicado num eventual governo seu."
Weber Abramo criticou tanto os jornalistas quanto o candidato por não tocarem na questão da corrupção.
A sabatina, segundo ele, mostrou Lula "muito inteirado" da realidade econômica do país. "O discurso é um pouco uniforme, mas não é vazio", ressaltou.


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