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OUTRO LADO
Presidente e vice negam versão do presidente do PL
DA AGÊNCIA FOLHA, EM BRASÍLIA
O Palácio do Planalto, por
meio de nota divulgada ontem
pela Secretaria de Imprensa,
informou ontem que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva
e o vice-presidente José Alencar tiveram apenas "conversações políticas" na campanha de
2002 com o objetivo de formar
uma base partidária.
Segundo a nota da Presidência, tanto Lula como Alencar
discutiram nos encontros a
"formação da base partidária
de apoio à chapa que terminou
por vencer as eleições".
Ainda conforme a versão difundida pela Secretaria de Imprensa do Planalto, "outros assuntos [da campanha] estiveram a cargo dos dirigentes dos
partidos [PT e PL] envolvidos
na formação da aliança".
A nota foi divulgada em resposta à entrevista do ex-deputado federal e presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto, que afirmou à revista "Época" que teria recebido "R$ 6,5
milhões do caixa dois da campanha de Lula" em troca do
apoio de seu partido à candidatura do petista à Presidência. O
dinheiro teria sido pago pela
agência de publicidade SMPB,
empresa da qual Marcos Valério de Souza é sócio.
Costa Neto renunciou ao
mandato no dia 1º de agosto
para evitar a cassação de seu
mandato. Na entrevista, o ex-deputado disse que Alencar e
Lula ficaram na sala enquanto
ele, o deputado federal José
Dirceu (PT-SP) e o ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares negociaram no quarto o valor a ser
pago. Segundo o ex-deputado,
Lula sabia dessa negociação.
Leia a seguir a íntegra da nota
divulgada pela Presidência:
"A propósito de reportagem
publicada na edição 378 da revista "Época", cumpre esclarecer que, na campanha de 2002,
os então candidatos Luiz Inácio
Lula da Silva e José Alencar
participaram de conversações
políticas com vistas à formação
da base partidária de apoio à
chapa que terminou por vencer
as eleições presidenciais daquele ano. Outros assuntos estiveram a cargo dos dirigentes
dos partidos envolvidos na formação da aliança vitoriosa".
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