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O PUBLICITÁRIO
"Sem condições físicas", Valério não depõe à PF
DA AGÊNCIA FOLHA, EM BELO HORIZONTE
O publicitário Marcos Valério
de Souza não foi ontem prestar
depoimento na Polícia Federal
em Belo Horizonte. Em seu lugar,
chegou à PF um fax do seu advogado, Marcelo Leonardo, dizendo
que, pelo fato de Valério ter feito
viagens cansativas e prestado longos depoimentos em Brasília nesta semana, ele está "sem condições físicas e psicológicas de prestar depoimento de forma útil".
O depoimento passou para terça-feira. Valério iria depor em
dois inquéritos. Um deles sobre o
empréstimo que fez, em 1998, em
nome da DNA Propaganda, uma
das agências em que é sócio, dando como garantia as contas de publicidade que a SMPB tinha no
governo mineiro.
O empréstimo, cujo valor inicial
é de R$ 8,35 milhões, foi usado para financiamento paralelo da
campanha pela reeleição do então
governador Eduardo Azeredo.
Hoje senador e presidente nacional do PSDB, Azeredo nega que
soubesse do negócio e responsabiliza pelo caixa dois o tesoureiro
da campanha, Cláudio Mourão.
Em depoimento à CPI dos Correios nesta semana, Valério disse
que Azeredo sabia do empréstimo e da dívida que ficara, já que o
avisou pessoalmente.
A PF investiga as condições em
que o empréstimo foi liquidado.
Valério, que afirma ter "tomado o
cano", envolveu na idealização do
empréstimo o então candidato a
vice de Azeredo e seu ex-sócio na
SMPB, Clésio Andrade (PL), atual
vice-governador de Minas.
O outro inquérito diz respeito a
suposto crime contra o sistema financeiro, em 1996, que envolve
Clésio Andrade e a SMPB.
A denúncia diz que eles teriam
dado como pagamento de uma
dívida de R$ 1,8 milhão com o então banco estatal Credireal uma
fazenda que valia R$ 340 mil. A fazenda entrou no negócio valendo
R$ 2,4 milhões.
Vários diretores do banco também foram denunciados. Todos
negam irregularidades.
(PP E JM)
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