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PT SOB SUSPEITA
Para vereadora, motivação era política
Prefeitura de Belém barra CPI que apuraria ligação com Santo André
MAURÍCIO SIMIONATO
DA AGÊNCIA FOLHA, EM BELÉM
A prefeitura petista de Belém
(PA) conseguiu suspender na Justiça Estadual a instalação da CPI
aberta pela Câmara Municipal
para investigar as denúncias de ligação da administração local com
empresas acusadas de integrarem
o suposto esquema de propina
para financiar campanhas do PT
em Santo André.
O requerimento pedindo a CPI
foi feito em junho passado por
uma vereador do PL, partido que
é coligado nacionalmente ao PT.
A juíza Rosileide Maria Cunha
Filomeno, da 21ª Vara Cível de
Belém, deferiu mandado de segurança sustando a CPI.
A Prefeitura de Belém entrou
com com pedido de mandado de
segurança anteontem, com argumento de ausência de "fato determinado, preciso e especificado"
para a instalação da CPI.
O vereador Iran Moraes (PL),
que pediu a apuração, afirmou
ontem que a Câmara recorrerá
hoje para cassar a liminar.
Para a líder da bancada petista,
vereadora Marinor Brito, "a comissão teve motivação política".
A petista também disse que a
bancada "está à disposição para
participar de qualquer investigação, desde que hajam fatos concretos a serem investigados".
Um dos focos da investigação
seria o suposto favorecimento da
empresa Rodvias Engenharia
Municipal, que é investigada no
Ministério Público de São Paulo
por suspeitas de favorecimento
na Prefeitura de Santo André.
Os vereadores querem saber como a Rodvias foi contratada pelo
menos quatro vezes, desde 98, para consultoria. A empresa tem como sócio Ricardo Pereira da Silva.
Em julho de 98, Edmilson Rodrigues nomeou Pereira, Pasetto e
Orlando Ferreira para fazerem
parte de uma comissão para escolha das empresas de limpeza.
As vencedoras foram a Terraplena, de Belém, que ganhou um
contrato de R$ 60 milhões, e a
Emparsanco, de São José dos
Campos, que recebeu R$ 48 milhões.
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