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Corregedoria da
Câmara endossa
cassação de 18
CHICO DE GOIS
ENVIADO ESPECIAL A BRASÍLIA
A Comissão de Sindicância da
Câmara concluiu relatório ontem
no qual sugere à Mesa Diretora
que encaminhe ao Conselho de
Ética representação contra 18 deputados acusados de quebra de
decoro parlamentar. Hoje, a Mesa
se reúne e, se as palavras do corregedor Ciro Nogueira (PP-PI), se
confirmarem, os sete membros
deverão acatar o parecer por unanimidade.
No final da tarde de ontem, parlamentares do PT questionaram o
relatório do deputado Robson
Tuma (PFL-SP), que ouviu 58
pessoas, e disseram que vão recorrer à Mesa para que possam
apresentar suas defesas antes que
os processos sigam para o Conselho de Ética. Depois que o pedido
de cassação é protocolado no
Conselho, a renúncia não livra da
perda de direitos políticos.
"Vamos argumentar que é necessário ser instaurado um inquérito no qual possamos nos defender", afirmou Paulo Rocha (PT-PA), um dos que podem perder o
mandato. Rocha, que afirmou
que não pretende renunciar, criticou o relatório de Tuma. "O parecer dele só fez juntar os documentos encaminhados pelas CPIs dos
Correios e do Mensalão e não nos
ouviu."
O deputado Professor Luizinho
(PT-SP) também disse não ter a
renúncia em vista, mas afirmou
que planeja recorrer à Mesa Diretora para impedir o encaminhamento do processo ao Conselho
de Ética. "Protocolei na Corregedoria um recurso para que ele [Ciro Nogueira] olhe com carinho os
documentos referentes ao meu
caso", disse o petista. "Até o momento não tivemos direito de defesa e eu sou inocente neste processo." Apesar de Tuma opinar
favoravelmente pela continuidade do processo de cassação dos 18
parlamentares elencados pelas
CPIs dos Correios e do Mensalão,
na prática o rito atingirá 17 deputados, uma vez que Carlos Rodrigues (PL-RJ) renunciou ontem. E,
dos 18 citados, quatro respondem
a processo no Conselho de Ética:
José Dirceu (PT-SP), Roberto Jefferson (PTB-RJ), Sandro Mabel
(PL-GO) e Romeu Queiroz (PTB-MG).
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