MARI TORTATO
DA AGÊNCIA FOLHA, EM CURITIBA

SERGIO TORRES
ENVIADO ESPECIAL A CURITIBA

A decisão do PMDB de lançar candidatura própria a presidente da República em 2006 foi reafirmada ontem por três governadores do partido, dois ex-governadores e o economista Carlos Lessa, ex-presidente do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social).
Estiveram reunidos em Curitiba em torno de Lessa, que coordenou o projeto de governo encomendado pelo partido, os governadores Roberto Requião (PR), Rosinha Matheus (RJ) e Jarbas Vasconcelos (PE) e os ex-governadores Orestes Quércia (SP) e Anthony Garotinho (RJ).
A convenção do partido foi favorável à candidatura própria, mas lideranças como o presidente do Senado, Renan Calheiros (AL), e o ex-presidente da República e senador José Sarney (AP) têm atuado em defesa de uma aliança com o PT. Eles integram o chamado grupo governista do partido.
Lessa, que foi a Curitiba expor o projeto a peemedebistas convidados por Requião, disse que o candidato do PMDB assumirá o programa de governo proposto. O documento será resultado de três meses de debate com integrantes do partido nos Estados, e é aberto a novas propostas.
O texto propõe como primeira medida de governo, em caso de o PMDB vencer a eleição, a mudança da política econômica para um alternativa que provoque "queda brusca" dos juros bancários. Também condena a retirada de R$ 80 bilhões de programas sociais do governo Lula para fazer superávit primário. "Existe possibilidade de uma política econômica distinta à que está aí", disse o ex-presidente do BNDES, para quem o Brasil está "estagnado".
Garotinho é um dos pré-candidatos do partido que disse assumir o programa em elaboração. "Eu não tenho programa de governo. O programa é o do PMDB." No dia 21 ele se inscreve para disputar a indicação do partido a presidente da República.


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