da Agência Folha

A Cabanagem é considerada uma das revoltas regionais de caráter mais acentuadamente popular durante a Regência -seus líderes foram pessoas comuns, como Félix Clemente Malcher, ex-oficial militar, os irmãos Vinagre, lavradores, e Eduardo Angelim, jornalista. A massa dos cabanos eram índios, negros e caboclos, pessoas que viviam em moradias simples, em cabanas, daí seu nome.
O movimento começou em 7 de janeiro de 1835 de forma sangrenta. Depois de matarem o presidente da Província do Pará, Lobo de Souza, e o chefe de armas, José Joaquim da Silva Santiago, os cabanos saíram pelas ruas de Belém arrastando seus corpos.
O governo cabano teve três presidentes e foi finalmente expulso de Belém por uma tropa de 400 homens e sete navios de guerra enviada pelo regente Feijó em 13 de maio de 1836, sem ajuda internacional.
Mesmo fora da capital paraense, o movimento continuou existindo no interior da província até 25 de maio de 1840, quando o último grupo de 80 cabanos rendeu-se . Durante os cinco anos da Cabanagem, cerca de 30 mil pessoas morreram em toda a Província do Pará, segundo os historiadores.


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