GUILHERME BARROS
EDITOR DO PAINEL S.A.

O candidato do PT, Luiz Inácio Lula da Silva, irá participar na próxima quinta-feira de um jantar em São Paulo com cerca de 300 empresários pesos-pesados. O encontro será promovido por Ivo Rosset, 60, presidente da Valisère, um dos primeiros empresários a aderir à campanha de Lula.
No primeiro turno, Rosset organizou um jantar de empresários com Lula. O número de presentes não passou de 150. Para o jantar de quinta-feira, o interesse aumentou significativamente, segundo Rosset.
A lista de convidados é bastante ampla e inclui empresários de todas as atividades. Eugênio Staub, presidente da Gradiente, e Nildo Masini, vice-presidente da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), estão ajudando nos convites.
Entre os convidados, eleitores ou não de Lula, a Folha apurou que constam os nomes de Lázaro Brandão (Bradesco), Roberto Setubal (Itaú), Jorge Gerdau Johannpeter (Gerdau), Paulo Cunha (Ultra), Horacio Lafer Piva (Fiesp), Ivoncy Ioschpe (grupo Ioschpe e presidente do Iedi - Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industria), Cláudio Bardella (Bardella), Paulo Francini (Iedi), Benjamin Steinbruch (CSN), Lawrence Pih (Moinho Pacífico), Sérgio Haberfeld (Dixie-Toga) e outros. Um que já confirmou presença foi o deputado federal reeleito Delfim Netto (PPB-SP). Segundo a Folha apurou, Delfim deverá fazer um discurso em defesa da candidatura Lula. Toda a cúpula do PT estará presente ao jantar. Ivo Rosset afirmou que o jantar foi feito por dois motivos. Em primeiro lugar, para mostrar ao empresariado brasileiro que, caso seja eleito, Lula não irá cometer nenhuma loucura.
"O PT já administra uma população de 50 milhões de pessoas em 200 municípios e nenhuma propriedade foi invadida", afirmou Rosset.
Outro objetivo do jantar, segundo Rosset, é o de Lula ter a oportunidade de apresentar seu discurso para aqueles empresários que não tiveram chances de ouvi-lo no encontro realizado durante a campanha do primeiro turno.
Para Rosset, Lula terá a chance de mostrar que, caso ele vença, não há motivos para assustar o mercado. "Se eu comecei minha vida como balconista na Rua José Paulino e cheguei onde cheguei, por que o Lula não pode ser presidente?", disse Rosset.


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