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Portugal vira alvo comercial
DO ENVIADO ESPECIAL A LISBOA
Manter o interesse do empresariado português no Brasil é apenas uma das duas faces da missão
brasileira que visita Portugal com
o presidente Fernando Henrique.
A outra é mais ou menos inversa:
estimular o empresariado brasileiro a investir em Portugal, com
financiamento do BNDES.
Parece paradoxal, mas não é: o
ministro Sergio Amaral (Desenvolvimento, Indústria e Comércio
Exterior) explica que "o grande
desafio das exportações, para o
Brasil, é agregar valor ao produto
exportado". Para isso, é preciso
ter canais de distribuição, o que,
por sua vez, significa o que o jargão do comércio designa como
"presença local". Ou seja, ter uma
empresa brasileira presente no
mercado (no caso, o de Portugal)
vendendo sua produção.
Claro que o alvo não é apenas o
mercado português, relativamente reduzido pelo tamanho da população. O alvo são todos os 15
países da União Européia, nos
quais a produção portuguesa entra, em geral, livre dos impostos
de importação, por se tratar de
uma zona de livre comércio.
Os setores que têm perspectivas
de ganhar mercado na Europa já
são tradicionais na exportação
brasileira (calçados, móveis e vestuário/confecções). O BNDES entra no financiamento para "suprir
as deficiência da rede bancária no
financiamento à exportação", diz
Amaral.
(CLÓVIS ROSSI)
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