São Paulo, quarta-feira, 13 de novembro de 2002

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Portugal vira alvo comercial

DO ENVIADO ESPECIAL A LISBOA

Manter o interesse do empresariado português no Brasil é apenas uma das duas faces da missão brasileira que visita Portugal com o presidente Fernando Henrique. A outra é mais ou menos inversa: estimular o empresariado brasileiro a investir em Portugal, com financiamento do BNDES.
Parece paradoxal, mas não é: o ministro Sergio Amaral (Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior) explica que "o grande desafio das exportações, para o Brasil, é agregar valor ao produto exportado". Para isso, é preciso ter canais de distribuição, o que, por sua vez, significa o que o jargão do comércio designa como "presença local". Ou seja, ter uma empresa brasileira presente no mercado (no caso, o de Portugal) vendendo sua produção.
Claro que o alvo não é apenas o mercado português, relativamente reduzido pelo tamanho da população. O alvo são todos os 15 países da União Européia, nos quais a produção portuguesa entra, em geral, livre dos impostos de importação, por se tratar de uma zona de livre comércio.
Os setores que têm perspectivas de ganhar mercado na Europa já são tradicionais na exportação brasileira (calçados, móveis e vestuário/confecções). O BNDES entra no financiamento para "suprir as deficiência da rede bancária no financiamento à exportação", diz Amaral. (CLÓVIS ROSSI)


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