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TRIBUTÁRIA
Promulgação "fatiada" pode ser questionada
Dirceu se diz preocupado com ações judiciais e sugere emenda paralela
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O ministro José Dirceu (Casa
Civil) manifestou ontem a senadores do PT sua preocupação
com questionamentos jurídicos
sobre a promulgação "fatiada" da
reforma tributária, que venham a
impedir a entrada em vigor no
próximo ano de pontos essenciais
para o governo, como a prorrogação da CPMF (Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira) e da DRU (Desvinculação das Receitas da União).
Em reunião com a bancada do
PT no Senado, Dirceu teria admitido que, para evitar o risco, poderia ser adotada na reforma tributária a mesma solução adotada
pelos governistas para evitar o fatiamento da reforma da Previdência: a apresentação de uma emenda constitucional que tramitaria
paralelamente ao texto aprovado
pela Câmara, trazendo as alterações negociadas com a oposição.
O líder do PT, Tião Viana (AC),
afirmou possuir quatro decisões
do STF (Supremo Tribunal Federal) que consideram inconstitucional a promulgação de parte da
emenda aprovada nas duas Casas,
para que apenas a parte modificada no Senado retorne à Câmara
dos Deputados: "Imagine o que
seria para o governo o Senado
aprovar a DRU e a CPMF e não
poder promulgar?", perguntou.
"No caso da reforma da Previdência, o ponto de vista do STF é
claro: não pode haver fatiamento,
sob pena de não haver promulgação. Essa discussão está em curso
também na tributária. A PEC paralela é para aperfeiçoamento",
disse o líder do PT. Vários senadores presentes à reunião com
Dirceu confirmaram que houve
manifestações de preocupação
com contestações judiciais.
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