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Ex-diretor não decidia sozinho, afirma advogado
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Mesmo aposentado do BB e
fora da instituição desde julho
deste ano, o ex-diretor de marketing Henrique Pizzolato é
um "fantasma" que ainda
preocupa muita gente do banco. Segundo a Folha apurou,
muitos funcionários, atualmente, se sentem constrangidos pelo simples fato de terem
trabalhado com ele. Alguns lamentam terem concordado
com propostas do diretor que,
hoje, estão sob suspeita.
A compra dos ingressos para
o show da dupla sertaneja, por
exemplo, foi aprovada pelo Comitê de Marketing do BB que
conta com pelo menos seis gerentes-executivos. A mudança
para desburocratizar a liberação de recursos para a DNA,
agência do empresário Marcos
Valério, e que, segundo suspeita da CPI dos Correios, teria
permitido uma transferência
de recursos para o PT, foi proposta por Pizzolato, mas assinada em conjunto com o diretor de varejo da época, Fernando Barbosa de Oliveira.
A defesa de Pizzolato vem se
baseando justamente nisso para justificar que ele fez tudo
dentro das regras. A Folha apurou que essa argumentação
tem sido ressaltada em constantes "recados" que Pizzolato
estaria mandando indiretamente a funcionários do BB como forma de intimidá-los.
O advogado do ex-diretor do
BB, Mário de Oliveira Filho,
disse que não tem "cabimento"
a informação de que Pizzolato
esteja intimidando quem quer
que seja. "Isso é uma besteira.
A única pessoa com quem ele
tem contato sou eu", declarou.
Segundo ele, Pizzolato nunca
foi informado sobre nenhuma
auditoria que tenha "apontado
falcatrua ou irregularidade" na
sua gestão. Disse ainda que Pizzolato nunca concordou com a
liberação antecipada de recursos para agências, que ele foi o
responsável pela mudança no
procedimento e que todas as
ações na diretoria foram aprovadas por um comitê composto por vários funcionários.
Segundo Oliveira Filho, Pizzolato já recebia a definição das
campanhas e destinação dos
recursos da diretoria de varejo.
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