São Paulo, quinta-feira, 13 de dezembro de 2007

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Outro lado

Senador nega ter ajudado a pagar defesa

DO ENVIADO A NATAL

O senador Garibaldi Alves Filho (PMDB-RN) disse que não colaborou com pagamento a advogados que assumiram a defesa de servidores e empresários acusados de desvios no programa do leite.
"Eu não paguei, não. Na fita eu até admiti, porque se tratava de uma pessoa que eu achei que estava sendo envolvida injustamente. Então eu admitia isso na fita", disse. Garibaldi defendeu o programa e os acusados. "Se você quiser, pode dispor da investigação, você vai ver que sobre isso não há nada. Há um ex-secretário de Estado do meu governo que foi denunciado pelo Ministério Público por ter dispensado uma licitação. Se essa dispensa foi ou não legal, é uma discussão puramente de interpretação jurídica, com argumentos a favor e contra. Mas não há qualquer acusação de ordem ética ou de improbidade. Com relação ao programa do leite, não há nada que conste com relação ao meu governo. Eu não sou nem citado nessa denúncia", declarou.
O presidente do TCE, Paulo Roberto Chaves Alves, disse que não deu dinheiro para a contratação dos advogados. "Eu não entrei com nada, entendeu? Eu não contribuí com nada". Ele disse ter sido procurado por pessoas com quem teve relacionamento em anos anteriores.
"Eu fui secretário de Trabalho e Ação Social e eu que criei o programa do leite, durante mais de dois anos, então tive relacionamento com essas pessoas. O que aconteceu foi no ano de 2002. Agora, as pessoas me procuram, eu não vou deixar de atender as pessoas com quem tenho relacionamento." Ele afirmou que as pessoas o procuraram: "É, me ligaram. Queriam falar com o senador, queriam... Mas eu não queria me estender [na entrevista] muito não, sabe? Já sou conselheiro, tal, tô noutra há muito tempo. Qualquer pessoa pode me procurar, ter relacionamento e amizade, eu não vou deixar de prestar solidariedade às pessoas que conheço. Mas não houve mais do que isso".
À Justiça, o empresário José Mariano Neto negou todas as acusações. O advogado José Daniel Diniz disse ter sido "procurado apenas pelo meu cliente, José Mariano Neto": "Como advogado e cidadão, lamento que um telefonema de um advogado para um cliente seja interceptado -eu sei que foi com autorização judicial- e o que é pior, seja divulgado. Tanto foi interceptado que você teve conhecimento dele".


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