São Paulo, quinta-feira, 13 de dezembro de 2007

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Jejum leva à morte em 40 a 50 dias

DA REDAÇÃO
DA AGÊNCIA FOLHA

Sem se alimentar, apenas ingerindo água e sais minerais, uma pessoa pode manter uma greve de fome por 40 a 50 dias, em média, segundo o médico Dan Waitzberg.
"A adaptação ao jejum prolongado permite a sobrevivência num período entre 30 e 60 dias, em geral. Isso depende das reservas individuais. Quem tem constituição sadia sobrevive de 40 a 50 dias, em média", diz. "Mas se a pessoa tem idade avançada, esse tempo se reduz", completa.
A greve de fome mais longa, de acordo com registros recentes, durou mais de dois meses.
Desde a primeira semana de jejum, o corpo começa a se debilitar, com enfraquecimento contínuo, segundo Waitzberg. Mas, já nos primeiros dias, o organismo se adapta para tolerar o jejum pelo máximo de tempo possível. Após três dias, o corpo começa a poupar proteína, consumindo gordura estocada no tecido adiposo.
De acordo com o clínico-geral Arnaldo Lichtenstein, a falta de ingestão de alimentos faz com que o corpo lance mão de estoques de substâncias como glicogênio, presente no fígado, para transformá-las em açúcar.
Na falta de alimento, ocorre degradação de gorduras e proteínas presentes nos músculos. Os rins ficam sobrecarregados e o cérebro começa a falhar.
Segundo Waitzberg, depois de 20 dias de jejum, os riscos de gripe e infecções ficam maiores. Com o passar do tempo, o quadro vai levando a complicações fatais - insuficiência respiratória, renal e cardíaca. A morte por desnutrição acontece, em geral, em decorrência de pneumonia.


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