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Jejum leva à morte em 40 a 50 dias
DA REDAÇÃO
DA AGÊNCIA FOLHA
Sem se alimentar, apenas ingerindo água e sais minerais,
uma pessoa pode manter uma
greve de fome por 40 a 50 dias,
em média, segundo o médico
Dan Waitzberg.
"A adaptação ao jejum prolongado permite a sobrevivência num período entre 30 e 60
dias, em geral. Isso depende das
reservas individuais. Quem
tem constituição sadia sobrevive de 40 a 50 dias, em média",
diz. "Mas se a pessoa tem idade
avançada, esse tempo se reduz", completa.
A greve de fome mais longa,
de acordo com registros recentes, durou mais de dois meses.
Desde a primeira semana de
jejum, o corpo começa a se debilitar, com enfraquecimento
contínuo, segundo Waitzberg.
Mas, já nos primeiros dias, o organismo se adapta para tolerar
o jejum pelo máximo de tempo
possível. Após três dias, o corpo
começa a poupar proteína, consumindo gordura estocada no
tecido adiposo.
De acordo com o clínico-geral Arnaldo Lichtenstein, a falta de ingestão de alimentos faz
com que o corpo lance mão de
estoques de substâncias como
glicogênio, presente no fígado,
para transformá-las em açúcar.
Na falta de alimento, ocorre
degradação de gorduras e proteínas presentes nos músculos.
Os rins ficam sobrecarregados
e o cérebro começa a falhar.
Segundo Waitzberg, depois
de 20 dias de jejum, os riscos de
gripe e infecções ficam maiores. Com o passar do tempo, o
quadro vai levando a complicações fatais - insuficiência respiratória, renal e cardíaca. A
morte por desnutrição acontece, em geral, em decorrência de
pneumonia.
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