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UNIÃO X ESTADOS
Para ministro, não há situação de "crise generalizada" das contas estaduais, mas sim "problemas localizados"
Não há chance de renegociação, diz Palocci
GUSTAVO PATÚ
SÍLVIA MUGNATTO
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
"Não há nenhuma possibilidade
de a União abrir negociação sobre
a dívida dos Estados", afirmou
ontem o ministro da Fazenda,
Antonio Palocci Filho. Segundo
ele, não há situação de "crise generalizada" das contas estaduais.
"Felizmente, não é essa a situação. São problemas localizados, e
nós não achamos que isso seja um
elemento importante nas contas
nacionais. Não há um processo de
corrosão fiscal no Brasil".
Palocci lembrou que a LRF (Lei
de Responsabilidade Fiscal) proíbe as renegociações. Além disso, o
aumento dos subsídios aos Estados exigiria do governo um aumento do esforço fiscal porque isso aumentaria a dívida pública.
O ministro disse, porém, que está procurando formas de "ajudar"
os Estados.
Para ele, as reformas tributária e
previdenciária poderão render recursos aos governadores no "curto prazo", pois tratarão da simplificação do sistema de arrecadação
e do aumento do equilíbrio do sistema previdenciário. Palocci afirmou ainda que há espaço para um
esforço extra dos Estados. O governo federal poderia atuar nisso
por meio dos financiamentos do
Banco Mundial e do BNDES. Esses financiamentos servem para
modernizar a estrutura de arrecadação de Estados e municípios.
Hoje, Palocci recebe a governadora do Rio de Janeiro, Rosinha
Matheus, para discutir a situação
do Estado. O Rio teve suas contas
bloqueadas neste início de ano
para que fossem garantidos pagamentos de dívidas com o Tesouro
Nacional.
Intervenção
O ministro fez questão de dizer
que não vai intervir nos bloqueios
porque eles foram determinados
nos contratos de renegociação
das dívidas. "O Supremo Tribunal Federal disse que os contratos
são constitucionais", afirmou.
Amanhã, Palocci recebe o governador do Espírito Santo, Paulo
Hartung (PSB), que quer um empréstimo de R$ 300 milhões do
Tesouro Nacional.
O ministro disse que vai analisar
o que Hartung dirá. "Nós temos
toda confiança no governador",
afirmou.
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