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Após desistência dos EUA, Embraer suspende plano de fábrica americana
FÁBIO AMATO
DA AGÊNCIA FOLHA, EM SÃO JOSÉ DOS CAMPOS
A Embraer decidiu suspender
seus planos de construção de uma
subsidiária nos Estados Unidos.
O anúncio foi feito ontem pela
empresa, um dia depois que o
Exército norte-americano confirmou o cancelamento do projeto
de desenvolvimento de um novo
avião espião que utilizaria como
plataforma um jato da Embraer.
A aeronave, um ERJ 145, é a
mesma utilizada pelo governo
brasileiro no projeto Sivam (Sistema de Vigilância da Amazônia).
A empresa brasileira fazia parte
de um consórcio liderado pela
norte-americana Lockheed Martin, que venceu uma licitação para
desenvolvimento da nova geração de aviões-radares para o Exército dos EUA, programa batizado
de ACS (Sensor Comum Aéreo,
na sigla em inglês). O negócio,
avaliado em US$ 8 bilhões, previa
o fornecimento de até 40 aviões-radares em 20 anos.
Os problemas no programa
ACS surgiram em junho de 2005,
quando o Exército dos EUA decidiu descartar o uso do ERJ 145,
alegando que o jato era pequeno.
A Embraer ainda ofereceu a sua
maior aeronave, o EMB 190, que
em sua versão comercial tem capacidade para cem assentos, o dobro do ERJ 145. Mas ontem surgiu
a notícia do cancelamento.
"Após uma análise cuidadosa
das propostas apresentadas pela
Lockheed Martin, decidimos que
o mais prudente seria cancelar o
contrato", informou nota do chefe de compra de armamentos do
Exército dos EUA, Claude Bolton.
Também por meio de nota, a
Embraer afirma estar "desapontada" com a decisão. A fabricante
brasileira informa ainda a suspensão dos planos de construção
de uma fábrica em solo americano, que atenderia a uma exigência
do contrato do ACS. A unidade
seria erguida na cidade de Jacksonville, na Flórida.
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