São Paulo, domingo, 14 de janeiro de 2007 |
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Painel VERA MAGALHÃES (interina) - painel@uol.com.br Dedo na ferida
O 3º Congresso do PT, em que será lavada a roupa
suja dos escândalos que abalaram o partido nos últimos anos, deve assistir a uma divisão em três principais grupos: a atual direção, a ala dos moderados que
querem mudar a prática política do partido e a esquerda tradicional. Os "refundadores", capitaneados
por Tarso Genro, tentam dividir o Campo Majoritário, atraindo expoentes da ala para vencer o embate. Déficit. Até agora, a direção do PT não conseguiu arrecadar nem 10% dos R$ 10,3 milhões da dívida de campanha de Lula, que assumiu após as eleições. A previsão inicial do partido era quitar todos os débitos até dezembro de 2006. Cofrinho. Já o endividamento da época de Delúbio Soares está equacionado, segundo balanço petista de final de ano. O partido fechou acordos de parcelamento dos débitos com o Banco do Brasil (R$ 8 milhões) e com o Rural (R$ 7 milhões). A sigla tentará fechar em março acerto com o BMG, credor de R$ 4 milhões. Na área. Afastado da diretoria comercial dos Correios após a crise do mensalão, Carlos Eduardo Fioravante faz lobby para intermediar a renovação do contrato entre a estatal e o Bradesco para o Banco Postal. Fioravante é segundo suplente do ministro Hélio Costa no Senado.
On the road. Ainda vexado pela perda de espaços na
Cultura, o PT está convencido
de que a "limpa" promovida
por Gilberto Gil visa preparar
o terreno para que o ministro
deixe a pasta em 2008, quando faz 50 anos de carreira. O
cargo ficaria com o secretário-executivo, Juca Ferreira. Não custa tentar. Renan tentará, uma vez mais, dissuadir Agripino de disputar com ele a presidência do Senado. Não pedirá diretamente que o rival desista, mas pregará o consenso. Em caso de resposta negativa, vai propor que mantenham a "civilidade". Mais um. Tão logo ficou em desvantagem na disputa pela presidência da Câmara, o grupo de Aldo Rebelo (PC do B-SP) passou a incentivar o lançamento do candidato "alternativo". A avaliação dos aliados é que a única chance do comunista é se a disputa for para o segundo turno. Chamariz. Aliados de Arlindo Chinaglia (PT-SP) negociam apoios em troca da volta dos cargos de natureza especial. Seus ocupantes foram demitidos por Aldo, mas as vagas não foram extintas. Morde e assopra. Chinaglia havia engatilhado encontro com o governador José Serra (PSDB) para o começo da semana, mas a reunião agora é incerta. "Não queremos irritar mais a turma do Alckmin", afirma um petista.
Prioridades. A Associação
de Delegados da Polícia Federal não gostou nada do pedido
dos governadores do Sudeste
para que seja aumentado o
efetivo da corporação, hoje de
11 mil homens. A entidade
prepara documento dizendo
que, primeiro, é preciso recuperar os salários dos policiais. Do deputado federal eleito JOSÉ ANÍBAL (PSDB-SP) sobre a decisão tomada por lideranças tucanas de apoiar o petista Arlindo Chinaglia (SP) na disputa pela presidência da Câmara. Contraponto Aurélio
Arlindo Chinaglia (PT-SP) gosta de dizer que cultiva
suas raízes -ele é de Serra Azul, na região de Ribeirão
Preto. Além do "r" marcado, característico do interior
paulista, costuma usar expressões típicas. |
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