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Apoio tucano a Chinaglia será decidido em Executiva
Presidente do PSDB rompe silêncio e convoca reunião
VALDO CRUZ
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O presidente do PSDB, senador Tasso Jereissati (CE), vai
convocar reunião da Executiva
do partido para tomar uma posição oficial sobre a eleição da
presidência da Câmara. Em sua
opinião, o anúncio feito na semana passada de apoio dos deputados tucanos à candidatura
de Arlindo Chinaglia (PT-SP)
"não reflete o sentimento geral
do partido".
Em férias em Madri, Tasso,
por meio de sua assessoria, informou que a reunião deve
ocorrer entre os dias 19 e 22.
"[O apoio] não reflete o sentimento geral do partido e, por
isso, será necessário convocar
uma reunião da Executiva para
tomar uma posição oficial sobre a disputa na Câmara", disse
o senador tucano.
Segundo a Folha apurou,
Tasso é contra o apoio à candidatura petista por considerá-la
uma articulação do ex-deputado José Dirceu (PT-SP) e vai
trabalhar para que os tucanos,
no mínimo, não tenham um
candidato oficial à presidência
da Câmara dos Deputados.
Mesmo que a Executiva tucana decida não apoiar oficialmente o petista na disputa com
Aldo Rebelo (PC do B-SP) pelo
comando da Câmara, a tendência hoje é que pelo menos entre
35 e 40 dos 65 deputados do
partido optem por Chinaglia.
O anúncio do apoio ao petista
foi articulado pelo atual líder
do PSDB na Câmara, Jutahy
Magalhães Júnior (BA), adversário no partido de Tasso. O senador não foi consultado pelo
deputado sobre a decisão de divulgar o apoio tucano a Chinaglia. Naquele dia, quinta-feira,
estava em Barcelona.
Além de Tasso, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso também criticou a iniciativa de Jutahy Júnior, articulada em conjunto com os governadores José Serra (SP) e Aécio
Neves (MG).
Na próxima terça-feira, deputados tucanos insatisfeitos
com o apoio a Chinaglia vão se
reunir em Brasília para tentar
reverter a decisão. No mesmo
dia, o grupo independente, liderado pelos deputados Fernando Gabeira (PV-RJ) e Raul
Jungmann (PPS-PE), vai decidir se lança uma terceira candidatura para tentar forçar um
segundo turno na disputa pela
presidência da Câmara.
Nome aventado para ser esse
terceiro candidato, o deputado
tucano Gustavo Fruet (PR) disse ontem que aceita analisar a
hipótese desde que não seja um
simples "anticandidato" nem
represente um confronto com
seu partido.
"A decisão foi equivocada.
Temos de reunir o partido para
discutir o assunto. Acredito que
o ideal seria lançar um terceiro
nome, que procure destacar a
importância de uma plataforma para recuperar a imagem da
Câmara", disse Fruet.
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