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Escritor foi condenado por 4 assassinatos
DA REDAÇÃO
Cesare Battisti, 54, é um
escritor italiano que liderou a organização extremista Proletários Armados pelo Comunismo.
Em 1993, ele foi condenado à prisão perpétua na
Itália por sua participação
em quatro assassinatos
(de um açougueiro, um
joalheiro, um neofascista e
um carcereiro) cometidos
entre 1978 e 1979.
Battisti negou ter cometido os crimes e foi condenado à revelia: "Sou culpado de ter participado de
um grupo armado e de ter
portado armas. Mas nunca
atirei em ninguém", disse.
Detido em 1979, em Milão, conseguiu escapar da
prisão e fugir para a França. Refugiou-se no México
em 1982, mas em 1990 voltou à França, onde trabalhou como porteiro e escreveu romances policiais.
O então presidente francês, o socialista François
Mitterrand (1981-1995),
adotava a política de não
extraditar ativistas políticos que renunciassem às
armas e não tivessem cometido "delitos de sangue". Isso mudou na gestão de Jacques Chirac
(1995-2007). Em 2004,
Battisti foi preso em Paris
a pedido da Justiça da Itália, o que provocou protesto de políticos, intelectuais e artistas. Posto em
liberdade sob controle judicial, entrou para a clandestinidade depois que
Chirac disse ser favorável
à sua extradição e fugiu.
Foi preso no Rio de Janeiro em 18 de março de
2007. Brasil e Itália assinaram em 1989 um acordo
de extradição, mas a Constituição brasileira proíbe a
entrega de estrangeiro por
crime político ou de opinião. Por isso o STF negou
três pedidos de extradição
da Itália contra ex-ativistas de extrema esquerda:
Achille Lollo, Luciano
Pessina e Pietro Mancini.
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