São Paulo, quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Saiba mais

Escritor foi condenado por 4 assassinatos

DA REDAÇÃO

Cesare Battisti, 54, é um escritor italiano que liderou a organização extremista Proletários Armados pelo Comunismo.
Em 1993, ele foi condenado à prisão perpétua na Itália por sua participação em quatro assassinatos (de um açougueiro, um joalheiro, um neofascista e um carcereiro) cometidos entre 1978 e 1979.
Battisti negou ter cometido os crimes e foi condenado à revelia: "Sou culpado de ter participado de um grupo armado e de ter portado armas. Mas nunca atirei em ninguém", disse.
Detido em 1979, em Milão, conseguiu escapar da prisão e fugir para a França. Refugiou-se no México em 1982, mas em 1990 voltou à França, onde trabalhou como porteiro e escreveu romances policiais.
O então presidente francês, o socialista François Mitterrand (1981-1995), adotava a política de não extraditar ativistas políticos que renunciassem às armas e não tivessem cometido "delitos de sangue". Isso mudou na gestão de Jacques Chirac (1995-2007). Em 2004, Battisti foi preso em Paris a pedido da Justiça da Itália, o que provocou protesto de políticos, intelectuais e artistas. Posto em liberdade sob controle judicial, entrou para a clandestinidade depois que Chirac disse ser favorável à sua extradição e fugiu.
Foi preso no Rio de Janeiro em 18 de março de 2007. Brasil e Itália assinaram em 1989 um acordo de extradição, mas a Constituição brasileira proíbe a entrega de estrangeiro por crime político ou de opinião. Por isso o STF negou três pedidos de extradição da Itália contra ex-ativistas de extrema esquerda: Achille Lollo, Luciano Pessina e Pietro Mancini.


Texto Anterior: Garibaldi diz que decisão foi "precipitada"
Próximo Texto: Elio Gaspari: Obama não é Roosevelt, nem Lincoln
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.