São Paulo, terça-feira, 14 de fevereiro de 2006
![]() |
![]() |
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
TODA MÍDIA Nelson de Sá Sem notícia
Foram "mais de 18 horas"
entre o vice-presidente dos
EUA atirar num homem e a notícia emergir.
Da visita dos dois fundadores do Google ao Brasil, o que ecoou de notícia, dos blogs da Califórnia aos jornais britânicos, foi que um restaurante carioca recusou o cartão de crédito de um deles. Agora, na capa da "Time", lá estão eles de novo, em texto que beira a idolatria. É o que se costuma chamar de cobertura "ga-ga", acrítica e abobada, que marca a gigante de busca. Mas nem todos agem assim. Na capa do tablóide dominical do "Wall Street Journal", de nome "Barron's" (imagem acima), uma análise devastadora das perspectivas para o Google, com a manchete "Gurgle" ou "golfada". O futuro reserva uma queda de mais 50% nas ações, prenunciou o "Barron's" -e ecoaram as agências. Na home page do "Financial Times", ontem, o enunciado já era "Wall Street cai com notícia do Google". ![]() Se não bastasse, a Electronic Frontier Foundation denunciou no final da semana, ecoando do blog de Dan Gillmor ao site brasileiro IDG Now, da BBC ao editorial do "San Francisco Chronicle", que o Google Desktop é série ameaça à privacidade dos usuários. Tem mais. O site News.com, de tecnologia, deu que "executivos de Google, Yahoo e Microsoft" encaram amanhã "um duro questionamento" parlamentar por causa das concessões à censura na China. Elite nuclear Deu no "Miami Herald" e outros jornais dos EUA: - Brasil está pronto para se unir à elite nuclear. Era uma longa reportagem do correspondente da rede Knight Ridder, sobre o "passo polêmico" que o país dá "em semanas" -acionar a fábrica de enriquecimento de urânio. No texto, defendem a posição brasileira o presidente da Comissão de Energia Nuclear, Odair Dias Gonçalves, e o físico Rogério Cezar Cerqueira Leite. Contra, o "ex-funcionário de controle de armas dos EUA" Lawrence Scheinman. Resposta robusta O texto chega a comparar o Brasil ao Irã. Mas a secretária de Estado dos EUA, Condoleezza Rice, não parece preocupada. Em entrevista ao "Face the Nation", da CBS, pelo contrário, louvou o Brasil por apoiar os EUA na "robusta resposta internacional" ao Irã -que quer romper com o monitoramento da ONU. Uma bênção A Petrobras, diz o "Financial Times", com tradução no UOL e na BBC Brasil, vai investir US$ 5 bilhões no setor de gás da Bolívia, "por meio de joint ventures com a estatal YPFB". Na prática, as duas refinarias da Petrobras no país passam a ser também da estatal boliviana -o que, no entender do "FT", é "uma bênção" para o presidente Evo Morales, amigo de Lula e que foi eleito com a promessa de nacionalizar o setor. Protesto Se conseguiu alívio na Bolívia, o Brasil enfrentou manifestação diante de sua embaixada na Colômbia, ontem. Segundo despacho da agência EFE, em sites sul-americanos, a representação em Bogotá foi cercada por "meia centena" de parentes de policiais e militares. Cobram que Lula não dê asilo político a Antonio Collazos, membro das Farc detido no país desde agosto. @ - nelsondesa@folhasp.com.br Texto Anterior: Saiba mais: Processo contra ministro de FHC iniciou polêmica Próximo Texto: Panorâmica - Bahia: Prefeitura suspende benefícios do Bolsa-Família considerados irregulares Índice |
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress. |