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SAIBA MAIS
Processo contra ministro de FHC iniciou polêmica
DA REPORTAGEM LOCAL
A polêmica sobre a blindagem de políticos do alto escalão começou com o ex-ministro Ronaldo Sardenberg,
da gestão Fernando Henrique Cardoso. Em 2002, condenado em primeira instância pelo uso de jatinhos da
FAB (Força Aérea Brasileira)
para viagens turísticas, Sardenberg recorreu ao Supremo Tribunal Federal.
À época, os advogados de
Sardenberg buscaram na
Constituição os argumentos
de que, na função de ministro de Estado, ele tinha direito a um regime especial de
investigação e de julgamento. Portanto, o Ministério
Público, ao acusá-lo de improbidade, violou direitos
constitucionais e usurpou
uma função do Supremo.
O ministro Nelson Jobim,
hoje presidente do STF, concordou. Ele relatou o caso.
"Somente o Supremo pode processar e julgar os ministros nos casos de crimes
comuns ou de responsabilidade e, eventualmente, determinar a perda do cargo
ou a suspensão de direitos",
escreveu Jobim.
Para Jobim, "o entendimento contrário importaria
no completo esvaziamento
da competência do STF para
processar e julgar". O ministro concluiu o relatório pedindo a extinção do processo contra Sardenberg.
Dos 11 ministros do Supremo, 5 seguiram o voto de Jobim: Gilmar Mendes, Ellen
Gracie Northfleet, Joaquim
Barbosa, Maurício Corrêa e
Ilmar Galvão (os dois últimos já se aposentaram). O
único, por enquanto, que
votou contra o relatório foi
Carlos Velloso, que se aposentou no mês passado.
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