São Paulo, quarta-feira, 14 de março de 2001

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PRIVATIZAÇÃO

Procurador vai apurar venda de Telebrás

DA SUCURSAL DO RIO

O procurador da República no Rio de Janeiro Rogério Nascimento disse ontem que abriu nova investigação no inquérito que apura supostas irregularidades na privatização do sistema Telebrás.
A nova apuração se concentrará na suposta propina que o ex-diretor do Banco do Brasil Ricardo Sérgio de Oliveira teria recebido para formar o consórcio Telemar, que comprou a Tele Norte-Leste.
Nascimento informou que decidiu investigar o caso após ler as notícias veiculadas na imprensa, no último domingo, que mostram a participação do ex-diretor na formação do consórcio. "Até então, tudo era um disse-que-me-disse, agora passou a existir uma afirmação, um fato objetivo."
O que será investigado é a informação, divulgada pela revista "Veja", de que uma propina no valor de 3% a 4% sobre o valor pago pela Telemar teria sido dada a Ricardo Sérgio para a formação do consórcio. A suposta comissão teria sido paga, de acordo com "Veja", em ações da Telemar, registradas em nome da empresa Rivoli Participações, do empresário Carlos Jereissati, que não aparecia na documentação oficial do consórcio, na época.
Nascimento disse que a lista de pessoas que poderão prestar depoimento nas novas investigações ainda não foi elaborada.
Ricardo Sérgio só prestará novo depoimento se houver "novos elementos" para questioná-lo.
Ainda que as denúncias contra o ex-diretor do BB sejam confirmadas, os procuradores do caso não poderão incluí-las na ação civil pública que já tramita na 16ª Vara Federal.
Nascimento explicou que o foco da ação só pode ser mudado até a fase da apresentação da defesa -o que já aconteceu. A partir daí, novas investigações têm de resultar em novas ações na Justiça.


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