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PRIVATIZAÇÃO
Procurador vai apurar venda de Telebrás
DA SUCURSAL DO RIO
O procurador da República no
Rio de Janeiro Rogério Nascimento disse ontem que abriu nova investigação no inquérito que
apura supostas irregularidades na
privatização do sistema Telebrás.
A nova apuração se concentrará
na suposta propina que o ex-diretor do Banco do Brasil Ricardo
Sérgio de Oliveira teria recebido
para formar o consórcio Telemar,
que comprou a Tele Norte-Leste.
Nascimento informou que decidiu investigar o caso após ler as
notícias veiculadas na imprensa,
no último domingo, que mostram a participação do ex-diretor
na formação do consórcio. "Até
então, tudo era um disse-que-me-disse, agora passou a existir uma
afirmação, um fato objetivo."
O que será investigado é a informação, divulgada pela revista
"Veja", de que uma propina no
valor de 3% a 4% sobre o valor pago pela Telemar teria sido dada a
Ricardo Sérgio para a formação
do consórcio. A suposta comissão
teria sido paga, de acordo com
"Veja", em ações da Telemar, registradas em nome da empresa
Rivoli Participações, do empresário Carlos Jereissati, que não aparecia na documentação oficial do
consórcio, na época.
Nascimento disse que a lista de
pessoas que poderão prestar depoimento nas novas investigações ainda não foi elaborada.
Ricardo Sérgio só prestará novo
depoimento se houver "novos
elementos" para questioná-lo.
Ainda que as denúncias contra
o ex-diretor do BB sejam confirmadas, os procuradores do caso
não poderão incluí-las na ação civil pública que já tramita na 16ª
Vara Federal.
Nascimento explicou que o foco
da ação só pode ser mudado até a
fase da apresentação da defesa
-o que já aconteceu. A partir daí,
novas investigações têm de resultar em novas ações na Justiça.
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