São Paulo, quinta-feira, 14 de março de 2002

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Aloysio diz que não teme depor no Congresso sobre ação da PF na Lunus

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O ministro da Justiça, Aloysio Nunes Ferreira, disse ontem que não teme ser chamado para depor no Congresso sobre as acusações de atuação irregular da Polícia Federal durante a busca e apreensão na Lunus, empresa da governadora Roseana Sarney (PFL-MA) e de seu marido, Jorge Murad.
Ontem, a Comissão de Fiscalização e Controle do Senado aprovou requerimento que convida o diretor-geral da Polícia Federal, Agílio Monteiro, e mais dois delegados para prestar depoimento na próxima quarta-feira sobre o cumprimento do mandado judicial de busca e apreensão na Lunus. Outro requerimento aprovado pede informações ao ministro da Justiça sobre o objetivo e o desenvolvimento da operação.
Nem Aloysio nem Agílio quiseram comentar as declarações do senador licenciado Jorge Bornhausen (SC), presidente do PFL, que acusou Aloysio de se negar a investigar vazamentos de informações sobre a operação.
"Não tenho nada a depor. Não sou acusado de nada. Tudo que foi feito pelo Ministério da Justiça e pela Polícia Federal foi absolutamente dentro da lei, no cumprimento de um mandado judicial. O contrário é que seria um absurdo", afirmou Aloysio. A sindicância, instaurada pelo ministro na semana passada, tem um mês para concluir se a polícia agiu de forma irregular durante o cumprimento do mandado. Ainda não há resultados preliminares.
"Não falo de política, não faço política. Como diretor da PF, faço polícia", disse Agílio, que é filiado ao PSDB e também é acusado pelo PFL de agir com motivações políticas.
Em nota à imprensa, a Polícia Federal afirmou novamente que o Ministério Público do Tocantins já assumiu a responsabilidade pela divulgação das fotos do R$ 1,34 milhão apreendido na Lunus.


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