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OUTRO LADO
Ministério diz que precisa se precaver
DO PAINEL, EM BRASÍLIA
O Ministério da Saúde
afirma que a contratação da
Fence para a varredura de
grampos é uma ação de interesse nacional, pois protege
ações estratégicas do governo na saúde, como a quebra
de patentes de medicamentos e a luta contra o fumo.
Segundo a assessoria de
imprensa, o ministério precisa se precaver, porque essas ações polêmicas contrariaram "interesses poderosos" de empresas do Brasil e
do exterior.
O serviço executado pela
Fence, diz a assessoria, é de
"checagem de existência de
grampos telefônicos e de
transmissores de rádio" no
ministério.
O serviço não foi confiado
à Abin ou à Polícia Federal,
segundo a assessoria, porque o ministério precisa de
uma detecção de grampos
permanente. Os órgãos do
governo fariam apenas trabalhos pontuais e específicos, a partir de suspeitas de
espionagem. Além disso, a
Abin não teria meios nem
pessoal para acompanhar a
evolução tecnológica do setor de informação.
O Ministério da Saúde alega que o valor pago à empresa foi aumentado em 2002
porque as varreduras, antes
mensais, passaram a ser diárias, com acompanhamento
permanente dos telefones.
Segundo o ministério, a licitação foi dispensada nesse
caso porque a Fence é uma
empresa de notória especialização e já prestou serviços
para órgão do governo como o Superior Tribunal de
Justiça e Itaipu.
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