São Paulo, quinta-feira, 14 de março de 2002

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OUTRO LADO

Ministério diz que precisa se precaver

DO PAINEL, EM BRASÍLIA

O Ministério da Saúde afirma que a contratação da Fence para a varredura de grampos é uma ação de interesse nacional, pois protege ações estratégicas do governo na saúde, como a quebra de patentes de medicamentos e a luta contra o fumo.
Segundo a assessoria de imprensa, o ministério precisa se precaver, porque essas ações polêmicas contrariaram "interesses poderosos" de empresas do Brasil e do exterior.
O serviço executado pela Fence, diz a assessoria, é de "checagem de existência de grampos telefônicos e de transmissores de rádio" no ministério.
O serviço não foi confiado à Abin ou à Polícia Federal, segundo a assessoria, porque o ministério precisa de uma detecção de grampos permanente. Os órgãos do governo fariam apenas trabalhos pontuais e específicos, a partir de suspeitas de espionagem. Além disso, a Abin não teria meios nem pessoal para acompanhar a evolução tecnológica do setor de informação.
O Ministério da Saúde alega que o valor pago à empresa foi aumentado em 2002 porque as varreduras, antes mensais, passaram a ser diárias, com acompanhamento permanente dos telefones.
Segundo o ministério, a licitação foi dispensada nesse caso porque a Fence é uma empresa de notória especialização e já prestou serviços para órgão do governo como o Superior Tribunal de Justiça e Itaipu.



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