São Paulo, quinta-feira, 14 de março de 2002

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Ex-diretor do BB nega grampo no BNDES

DA REPORTAGEM LOCAL

Em depoimento à Justiça, Ricardo Sérgio de Oliveira, ex-diretor do Banco do Brasil, disse ontem desconhecer os grampos telefônicos instalados no BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) durante a privatização da Telebrás, em 1998. No final, fez uma declaração de apoio à pré-candidatura de José Serra.
O ex-diretor foi ouvido, como testemunha, pelo juiz substituto da 5ª Vara Criminal Federal de São Paulo, Sidmar Dias Martins. O processo, que corre no Rio, apura crime de interceptação telefônica sem autorização judicial.
Ricardo Sérgio foi citado, pelo ex-ministro das Comunicações Luiz Carlos Mendonça de Barros, como um dos responsáveis pelo vazamento das fitas. O ex-ministro disse que Ricardo Sérgio o teria procurado e, em tom de ameaça, teria dito que sabia da existência de fitas gravadas pelo serviço reservado do Banco do Brasil.
"O ex-ministro cometeu um desrespeito. O Banco do Brasil nunca teve um serviço reservado de informação. Isso é delirante. Conversei com Mendonça de Barros várias vezes, mas nunca em tom de ameaça. Eu apenas tinha ouvido boatos. Quero afirmar que eu também fui vítima do grampo", disse.



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