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SUDAM
Polícia pedirá quebra de sigilo
PF centralizará caso Usimar no Tocantins
LUCIO VAZ
DO ENVIADO ESPECIAL A PALMAS
A Polícia Federal do Tocantins
abre na próxima semana um inquérito para investigar o projeto
Usimar, que desviou R$ 44 milhões da extinta Sudam. Com isso,
os dados da investigação que estava sendo feita no Maranhão serão
enviados à PF de Palmas.
Nesses dados estarão incluídos
os documentos obtidos com a
quebra do sigilo bancário. A PF
do Tocantins vai ouvir Jorge Murad, marido da governadora Roseana Sarney, nas investigações
do novo inquérito. A governadora será ouvida assim que deixar o
cargo e perder o foro privilegiado.
Uma força-tarefa da PF, com
dois delegados e dois funcionários, chega a Palmas (TO) na próxima quarta-feira para trabalhar
nos cerca de cem inquéritos que
investigam fraudes contra a Sudam. O trabalho será coordenado
pelo delegado Hélbio Dias Leite.
A abertura do inquérito foi pedida pelo procurador-chefe do Ministério Público Federal no Tocantins, Mário Lúcio Avelar.
Avelar pediu o desmembramento do inquérito alegando que
o caso Usimar tem ligações com
os demais inquéritos abertos no
Tocantins para investigar as fraudes contra a Sudam. Entre os investigados no caso Usimar estão
funcionários da autarquia.
A PF vai pedir na próxima semana a quebra do sigilo bancário
de quatro empresas prestadoras
de serviços para o projeto Nova
Holanda. Elas emitiram notas em
sequência e com numeração fora
da ordem cronológica. A PF diz
que há indícios de emissão de notas frias e superfaturamento.
As empresas são a Momento,
sócia do Nova Holanda, a Hayashi, e Planorte e a Agrototal. A
Agrima, que também prestou serviços ao Nova Holanda, teve o sigilo bancário quebrado porque é
sócia majoritária do projeto.
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