São Paulo, quinta-feira, 14 de março de 2002

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SUDAM

Polícia pedirá quebra de sigilo

PF centralizará caso Usimar no Tocantins

LUCIO VAZ
DO ENVIADO ESPECIAL A PALMAS

A Polícia Federal do Tocantins abre na próxima semana um inquérito para investigar o projeto Usimar, que desviou R$ 44 milhões da extinta Sudam. Com isso, os dados da investigação que estava sendo feita no Maranhão serão enviados à PF de Palmas.
Nesses dados estarão incluídos os documentos obtidos com a quebra do sigilo bancário. A PF do Tocantins vai ouvir Jorge Murad, marido da governadora Roseana Sarney, nas investigações do novo inquérito. A governadora será ouvida assim que deixar o cargo e perder o foro privilegiado.
Uma força-tarefa da PF, com dois delegados e dois funcionários, chega a Palmas (TO) na próxima quarta-feira para trabalhar nos cerca de cem inquéritos que investigam fraudes contra a Sudam. O trabalho será coordenado pelo delegado Hélbio Dias Leite. A abertura do inquérito foi pedida pelo procurador-chefe do Ministério Público Federal no Tocantins, Mário Lúcio Avelar.
Avelar pediu o desmembramento do inquérito alegando que o caso Usimar tem ligações com os demais inquéritos abertos no Tocantins para investigar as fraudes contra a Sudam. Entre os investigados no caso Usimar estão funcionários da autarquia.
A PF vai pedir na próxima semana a quebra do sigilo bancário de quatro empresas prestadoras de serviços para o projeto Nova Holanda. Elas emitiram notas em sequência e com numeração fora da ordem cronológica. A PF diz que há indícios de emissão de notas frias e superfaturamento.
As empresas são a Momento, sócia do Nova Holanda, a Hayashi, e Planorte e a Agrototal. A Agrima, que também prestou serviços ao Nova Holanda, teve o sigilo bancário quebrado porque é sócia majoritária do projeto.



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