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Vítimas de grampo
afirmam à PF que
ACM é o mandante
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O líder do PT na Câmara, deputado baiano Nelson Pellegrino, e o ex-deputado Benito Gama (PMDB-BA) indicaram ontem, em depoimento formal à
Polícia Federal, o senador Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA) como mandante dos
grampos feitos em seus telefones celulares em 2002.
"O esquema de interceptações telefônicas clandestinas
sequer teria sido montado se
não houvesse anuência expressa do senador Antonio Carlos
Magalhães", disse Pellegrino
em seu depoimento, segundo
inquérito da PF.
A Polícia Federal abriu um
inquérito no início de fevereiro
para investigar a escuta irregular do telefone celular do deputado Geddel Vieira Lima (PMDB-BA). Em seu pedido à
PF, Geddel citou sua suspeita
de que ACM seria o mandante.
Benito e Pellegrino, adversários políticos de ACM, citaram
diversas vezes o nome do senador em seus depoimentos.
Ambos relacionaram como
suspeita do envolvimento do
senador o fato de acontecimentos da vida pessoal dos dois
aparecerem em notas jornalísticas do "Correio da Bahia", de
propriedade de ACM. O senador baiano nega envolvimento
nos grampos telefônicos.
Segundo o delegado Gesival
Gomes, que preside o inquérito, metade da investigação já
foi feita. Ontem, Pellegrino informou que no período entre
junho e julho do ano passado
foi procurado por Crispiniano
Daltro, presidente do Sindicato
dos Policiais Civis da Bahia.
Na ocasião, Daltro teria dito
que a secretária de Segurança
Pública estadual, Kátia Alves,
realizara reuniões para ordenar
o grampo. O delegado Gomes
afirmou que ainda não há certeza se Daltro será convocado.
Segundo o inquérito da PF,
houve interceptação ilegal de
232 telefones, em alguns deles
mais de uma vez. A Folha apurou que a tomada de depoimentos continua hoje, com
Mauro Alexandre, ex-funcionário da TIM/ Maxitel.
O nome do funcionário foi citado por policiais baianos que
teriam efetuado, operacionalmente, os grampos nos telefones.
(IURI DANTAS)
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