|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
RELAÇÕES EXTERIORES
Graças à diplomacia brasileira, Alca está descartada, diz Amorim
EDUARDO SCOLESE
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Em reunião fechada ontem com representantes de
45 entidades e movimentos
sociais, no Itamaraty, o ministro Celso Amorim (Relações Exteriores) foi cobrado
sobre a permanência das tropas brasileiras no Haiti.
Numa linha de embate
com os EUA aprovada pelos
presentes, Amorim atacou a
ação dos norte-americanos
no Iraque e disse que, "graças
à diplomacia brasileira", a
Alca (Área de Livre Comércio das Américas) está descartada das discussões.
O encontro ocorreu a pedido do governo. Amorim e
Luiz Dulci (Secretaria Geral
da Presidência) ouviram
questionamentos e falaram
da política externa do governo petista. Participaram representantes de sem-terra,
movimento negro, Igreja Católica, centrais sindicais,
agricultores e estudantes.
Amorim fez um relato da
visita de George W. Bush ao
Brasil na linha de que o país
atua com soberania nos acordos com os EUA e citou dois
exemplos: a oposição pública
do Brasil à ocupação dos
EUA no Iraque e o freio nas
negociações sobre a Alca.
"Ao contrário do Mercosul", ela "não é nem será uma
realidade". "Isso [avanço do
Mercosul e um ponto final na
Alca] se deve à diplomacia
brasileira", disse o ministro.
Segundo a Folha apurou,
em resposta aos estudantes
sobre o ensino do país, Amorim disse que educação, saúde e água não serão usadas
como moedas de troca.
Texto Anterior: Investigação: Assessor tenta provar origem de dinheiro Próximo Texto: Sétima criança indígena desnutrida morre em MS Índice
|