São Paulo, quarta-feira, 14 de março de 2007

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RELAÇÕES EXTERIORES

Graças à diplomacia brasileira, Alca está descartada, diz Amorim

EDUARDO SCOLESE
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Em reunião fechada ontem com representantes de 45 entidades e movimentos sociais, no Itamaraty, o ministro Celso Amorim (Relações Exteriores) foi cobrado sobre a permanência das tropas brasileiras no Haiti.
Numa linha de embate com os EUA aprovada pelos presentes, Amorim atacou a ação dos norte-americanos no Iraque e disse que, "graças à diplomacia brasileira", a Alca (Área de Livre Comércio das Américas) está descartada das discussões.
O encontro ocorreu a pedido do governo. Amorim e Luiz Dulci (Secretaria Geral da Presidência) ouviram questionamentos e falaram da política externa do governo petista. Participaram representantes de sem-terra, movimento negro, Igreja Católica, centrais sindicais, agricultores e estudantes.
Amorim fez um relato da visita de George W. Bush ao Brasil na linha de que o país atua com soberania nos acordos com os EUA e citou dois exemplos: a oposição pública do Brasil à ocupação dos EUA no Iraque e o freio nas negociações sobre a Alca.
"Ao contrário do Mercosul", ela "não é nem será uma realidade". "Isso [avanço do Mercosul e um ponto final na Alca] se deve à diplomacia brasileira", disse o ministro.
Segundo a Folha apurou, em resposta aos estudantes sobre o ensino do país, Amorim disse que educação, saúde e água não serão usadas como moedas de troca.


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