São Paulo, domingo, 14 de março de 2010

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outro lado

Empresas e governos negam irregularidade em consórcios

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

A Folha procurou as 12 construtoras citadas na reportagem. Cinco delas (Camargo Corrêa, Andrade Gutierrez, Carioca Engenharia, Constran e Serveng) não quiseram se manifestar. Outras quatro (OAS, EIT, CR Almeida e Impregilo) não ligaram de volta.
Já a Odebrecht, no caso do metrô de Salvador, disse que chegou a ser convidada, após a licitação, para integrar o consórcio vencedor, mas que não aceitou o convite.
"O município de Salvador manifestou-se favorável à integração da Odebrecht ao consórcio Metrosal, mas a participação já não interessava mais a Odebrecht, de modo que não foi formalizada."
Em relação às obras do lote 1 da linha 3 do metrô do Rio, a Odebrecht disse que não iria se manifestar por desconhecer "qualquer investigação relacionada ao processo licitatório" do empreendimento.
A Queiroz Galvão também afirmou não ter conhecimento de acusações de conluio contra a empresa em relação às obras dos metrôs de Salvador e do Rio. Por isso informou que não iria se manifestar.
A Folha não conseguiu localizar a construtora portuguesa Soares da Costa.
Hebert Motta, diretor da CTS (Companhia de Trânsito de Salvador), disse que as obras do metrô, assinadas em 1999, só foram executadas por empresas vencedoras da licitação. Ele não soube informar os valores das obras.
Lino Fantuzzi, gestor do contrato de licitação do metrô de Porto Alegre, disse que não há outras empresas executando a obra além das que venceram oficialmente a licitação.
O contrato, iniciado em 2001, só foi assinado, segundo ele, em dezembro de 2007. "O assunto ficou esse tempo todo em discussão no TCU", diz. Segundo Fantuzzi, não houve aditivos ao contrato -no valor de R$ 323 milhões.
A Secretaria Estadual de Transportes disse "que o contrato referente às obras do lote 1 da linha 3 do metrô não está vigente" e que o projeto "não está entre as prioridades" do atual governo, não tendo previsão para a sua execução.
Já o Metrô de Brasília disse que o contrato, de 1992, será encerrado este ano. O órgão admitiu que houve "subcontratação de empresas para execução de serviços especializados, conforme os limites da lei", sem especificar as empresas.
O Metrô de Fortaleza, via assessoria de imprensa, disse que não teria como se manifestar por meio das informações disponibilizadas pela Folha.


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