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outro lado
Empresas e governos negam irregularidade em consórcios
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
A Folha procurou as 12 construtoras citadas na reportagem. Cinco delas (Camargo
Corrêa, Andrade Gutierrez, Carioca Engenharia, Constran e
Serveng) não quiseram se manifestar. Outras quatro (OAS,
EIT, CR Almeida e Impregilo)
não ligaram de volta.
Já a Odebrecht, no caso do
metrô de Salvador, disse que
chegou a ser convidada, após a
licitação, para integrar o consórcio vencedor, mas que não
aceitou o convite.
"O município de Salvador
manifestou-se favorável à integração da Odebrecht ao consórcio Metrosal, mas a participação já não interessava mais a
Odebrecht, de modo que não
foi formalizada."
Em relação às obras do lote 1
da linha 3 do metrô do Rio, a
Odebrecht disse que não iria se
manifestar por desconhecer
"qualquer investigação relacionada ao processo licitatório" do
empreendimento.
A Queiroz Galvão também
afirmou não ter conhecimento
de acusações de conluio contra
a empresa em relação às obras
dos metrôs de Salvador e do
Rio. Por isso informou que não
iria se manifestar.
A Folha não conseguiu localizar a construtora portuguesa
Soares da Costa.
Hebert Motta, diretor da
CTS (Companhia de Trânsito
de Salvador), disse que as obras
do metrô, assinadas em 1999,
só foram executadas por empresas vencedoras da licitação.
Ele não soube informar os valores das obras.
Lino Fantuzzi, gestor do
contrato de licitação do metrô
de Porto Alegre, disse que não
há outras empresas executando a obra além das que venceram oficialmente a licitação.
O contrato, iniciado em
2001, só foi assinado, segundo
ele, em dezembro de 2007. "O
assunto ficou esse tempo todo
em discussão no TCU", diz. Segundo Fantuzzi, não houve
aditivos ao contrato -no valor
de R$ 323 milhões.
A Secretaria Estadual de
Transportes disse "que o contrato referente às obras do lote
1 da linha 3 do metrô não está
vigente" e que o projeto "não
está entre as prioridades" do
atual governo, não tendo previsão para a sua execução.
Já o Metrô de Brasília disse
que o contrato, de 1992, será
encerrado este ano. O órgão admitiu que houve "subcontratação de empresas para execução
de serviços especializados,
conforme os limites da lei",
sem especificar as empresas.
O Metrô de Fortaleza, via assessoria de imprensa, disse que
não teria como se manifestar
por meio das informações disponibilizadas pela Folha.
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