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Meinberg depõe hoje na polícia
LILIAN CHRISTOFOLETTI
da Reportagem Local
O secretário do Governo do
município de São Paulo, Carlos
Augusto Meinberg, vai ser ouvido
hoje pela polícia sobre seu suposto envolvimento em um esquema
para a compra e venda de votos
na Câmara Municipal.
Meinberg, considerado homem
forte do prefeito de São Paulo,
Celso Pitta, foi acusado pela ex-primeira-dama Nicéa Pitta de intermediar o pagamento de propina aos vereadores que deveriam
votar a favor do prefeito.
O secretário foi intimado ontem, no Palácio das Indústrias,
por dois investigadores do Dird
(Departamento de Identificação e
Registros Diversos). O depoimento será hoje às 14h.
Pela primeira vez, Meinberg será ouvido oficialmente sobre as
supostas listas de propina com a
relação de 43 dos 55 vereadores
paulistanos que teriam recebido
propina. Essas listas chegaram de
forma anônima ao Ministério Público Estadual.
Segundo denúncia, as relações
foram extraídas de um computador que Meinberg utilizava em
seu gabinete, na prefeitura.
No dia 31 de março, com um
mandado de busca e apreensão
autorizado pela Justiça, o Ministério Público apreendeu 15 computadores, 124 disquetes e documentos escritos que estavam na
casa e no gabinete do secretário.
Os equipamentos eletrônicos
ainda estão sendo analisados por
peritos do IC (Instituto de Criminalística) e a previsão é que o laudo final seja entregue à polícia até
o final deste mês.
As supostas listas não foram encontradas entre os documentos
do secretário que foram apreendidos pelos agentes.
O delegado responsável pelo inquérito criminal, Romeu Tuma
Júnior, afirmou ontem que o caso
está sob segredo de Justiça e não
pode se manifestar.
O secretário já havia negado à
reportagem envolvimento com
esquema de venda de votos e informou que as acusações de Nicéa
são falsas.
O secretário da Comunicação
Social, Antenor Braido, informou
ontem que Meinberg vai comparecer à delegacia. "Se ele foi intimado, lógico que ele vai", disse.
Domésticas
Duas empregadas domésticas
do prefeito Celso Pitta, ouvidas
ontem em um outro inquérito policial que apura a participação de
Pitta na suposta compra de votos,
disseram que desconheciam reuniões do prefeito com vereadores
em sua casa.
Elas foram citadas pela ex-primeira-dama Nicéa Pitta como
testemunhas que poderiam confirmar as reuniões que supostamente o prefeito Pitta mantinha
em sua casa com vereadores, para
acerto de propina.
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