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SÃO PAULO
Promotoria investiga falta de rapidez do TCE
DA REPORTAGEM LOCAL
A Promotoria da Cidadania de
São Paulo instaurou um procedimento contra o TCE (Tribunal de
Contas do Estado) para apurar o
motivo de a instituição não repassar de forma automática para o
Ministério Público todas as notícias de irregularidades em administrações públicas.
Atualmente, o TCE, que investiga contas e contratos do Estado e
de 644 cidades (com exceção da
capital), repassa apenas os casos
julgados no órgão ou aqueles que
são solicitados pela Promotoria.
As contas da cidade de São Paulo
são fiscalizadas pelo TCM (Tribunal de Contas do Município).
"Muitas vezes quando um caso
de irregularidade entra na Promotoria, já prescreveu ou está
perto da prescrição [prazo em
que um caso pode ser investigado]", afirmou o promotor Sérgio
Turra Sobrane.
O repasse de informações ao
Ministério Público está previsto
no artigo 7º da Lei de Ação Civil
Pública: "Se, no exercício de suas
funções, os juízes e tribunais tiverem conhecimento de fatos que
possam ensejar a propositura da
ação civil, remeterão peças ao Ministério Público para as providências cabíveis."
O presidente do TCE, Cláudio
Ferraz de Alvarenga, afirmou ontem que o volume de processos
julgados (cerca de 16 mil em 2004)
torna impraticável o repasse imediato de informações para o Ministério Público.
"Primeiro temos de julgar, o
que demora um tempo, e depois
repassamos o caso para o Ministério Público", disse Alvarenga.
Segundo ele, um julgamento
pode levar até três anos -numa
eventual improbidade administrativa (má gestão), a Promotoria
tem até cinco anos para propor
uma ação.
"Se o Ministério Público quer
mais celeridade numa investigação, pode investigar sozinho. O
órgão tem esse poder de investigação", disse Alvarenga.
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