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Fazenda recua e mantém acordo para Orçamento
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O ministro da Fazenda, Guido
Mantega, voltou atrás ontem sobre a proposta de aumentar os repasses aos Estados por intermédio da Lei Kandir. Na terça-feira,
o governo havia fechado um acordo com os governadores pelo qual
se comprometia a garantir mais
R$ 500 milhões aos Estados em
troca da aprovação do Orçamento. Como não foi aprovado, Mantega disse, na quarta-feira, que o
governo retiraria o acordo.
Ontem, no entanto, ele disse
que o acordo ainda estava de pé,
mas que permanecia condicionado à votação do Orçamento, marcada para a terça-feira que vem.
Os repasses da Lei Kandir (ressarcimento pago pela União aos Estados que perdem receita de impostos para deixar as exportações
mais baratas) previstos para este
ano eram de R$ 3,4 bilhões.
Os Estados queriam elevar valor
para R$ 5,2 bilhões. O governo havia se comprometido a aumentar
os repasses em R$ 1,8 bilhão desde
que houvesse excesso de arrecadação. Na terça-feira, Mantega
acatou parte da reivindicação dos
governadores, garantindo R$ 500
milhões a mais, deixando apenas
R$ 1,3 bilhão condicionado ao excesso de arrecadação.
O governador do Rio Grande do
Sul, Germano Rigotto (PMDB),
ficou irritado com a afirmação de
que Mantega retiraria o acordo e
disse que o governo "demonstra
estar perdido". Para o governador
de Mato Grosso, Blairo Maggi
(PPS), nem houve acordo. "A
oposição aceitou votar o Orçamento desde que o governo se
comprometesse a repassar R$ 1,8
bi. Mas chegou um representante
da Fazenda e não concordou".
Colaborou a Agência Folha,
em Campo Grande
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