|
Próximo Texto | Índice
Painel
Perda eleitoral
A cúpula tucana está preocupada com o agravamento da
doença de Serjão. Na melhor das
hipóteses, tucanos dizem ter esperança de que ele sairá do hospital, mas devendo ficar fora da
eleição, na qual exerceria papel
fundamental, para se recuperar.
Rigor absoluto
Médicos de Serjão foram categóricos com a família do ministro. Se ele sair do hospital, deverá cuidar somente da saúde. Um
deles lembrou que o ministro tinha recomendação médica expressa para não participar de solenidades públicas recentes.
Já de olho na volta
Eduardo Jorge articulou sua
substituição na Secretaria Geral
por Eduardo Graeff para que, do
comando da campanha de FHC,
continue a mandar no varejo
político do governo. Graeff tratará da burocracia, auxiliando
Clóvis Carvalho (Casa Civil).
Pena de ouro
Eduardo Graeff, assessor parlamentar do Planalto que substitui Eduardo Jorge na Secretaria
Geral, é o ghost-writer preferido
de FHC. Ele escreve artigos e
mensagens presidenciais que
saem sem retoque do chefe.
Muito gogó...
O secretário-executivo da Fazenda, Pedro Parente, derrubou
José Roberto Mendonça de Barros do cargo. Reclamava com
Malan (Fazenda) da suposta falta de operacionalidade e do excesso de discurso do ex-secretário de Política Econômica.
...e pouca ação
Depois que Malan cedeu a Parente e deixou de apoiar José
Roberto Mendonça de Barros,
Clóvis Carvalho segurou o economista no governo. Ele foi para
a Câmara de Comércio Exterior,
sob as asas da Casa Civil.
Não influiu em nada...
Pesquisa encomendada pelo
Planalto revela que 47% da população acha que a reforma ministerial não afeta o governo.
Para 13%, vai melhorar. Na opinião de 8%, vai piorar.
...por enquanto
A reforma ministerial não piorou a avaliação de FHC, diz pesquisa do governo. Em 8 de abril,
o presidente repetiu os 40% de
bom e ótimo de fevereiro. A taxa
de regular foi de 42% para 46%.
Cisma peemedebista
José Maranhão (PB) se reúne
hoje com FHC. Criticará o uso
político de verbas da seca, a cargo de Fernando Catão (Políticas
Regionais), que é cunhado de
seu adversário Cunha Lima.
Evasão de divisas
Relatório da Organização
Mundial do Turismo revela que,
em 96, os brasileiros passaram
do 19º para o 14º povo que mais
gasta com turismo no exterior.
Naquele ano foram US$ 6,8 bi.
Preferido do tucanato
O publicitário Nizan Guanaes
evita alardear seus projetos, mas
deve fazer apenas as campanhas
de FHC e de dois governadores
tucanos: Tasso Jereissati (CE),
que tende a disputar, e Eduardo
Azeredo (MG), como consultor.
Dedo pefelista
Marco Maciel teve papel de
destaque nas articulações para
extraditar os sequestradores do
empresários Abílio Diniz. O vice
conversou com setores da esquerda que defendiam a libertação dos chilenos e canadenses.
Safra de promessas
Padilha (Transportes) foi ontem a Brumado (BA) anunciar a
construção do anel viário da cidade. Ao lado de Luís Eduardo
Magalhães, candidato favorito
ao governo, e Geddel Vieira Lima, cacique do PMDB baiano
que está na órbita do carlismo.
Amarra federal
O secretário-executivo da Saúde, Barjas Negri, diz que não pode ser responsabilizado pela falta de verbas para Carlos Albuquerque, ex-ministro da pasta.
Alega que gasta só o autorizado
pelo decreto presidencial anual
que estipula as cotas bimestrais.
Ótica malufista
De Cunha Bueno (PPB-SP),
sobre a extradição dos sequestradores de Abílio Diniz: "Pelo
tratado, o Brasil passará a exportar bandidos e importar problemas (brasileiros que cometeram crime no exterior)".
TIROTEIO
De Raul Jungmann (Política
Fundiária), sobre Luiz Eduardo
Greenhalgh (PT-SP) dizer que
foi delação divulgar lista de dirigentes do MST que têm terra:
- Greenhalgh aplaudiu as listas dos grandes latifundiários e
dos devedores do ITR. Mas tacha de delação a dos novos
com-terra beneficiados com o
dinheiro público, ainda que todos sejam figuras públicas.
CONTRAPONTO
Força do hábito
Prefeito de Campina Grande
na década de 60, Sobrinho Cabral foi um dos muitos políticos
paraibanos que entrou para o
folclore político brasileiro.
Durante o governo Juscelino
Kubitschek, descobriu que havia
um programa federal para dotar
prefeituras de telex.
Assim que soube da novidade,
Cabral pediu a um assessor que
preparasse um pedido para
Campina Grande.
O assessor entrou em contato
com Brasília, voltou ao gabinete
de Cabral e explicou:
- Nós temos que justificar o
pedido, prefeito. É a contrapartida que eles exigem para que a
cidade possa se habilitar ao programa.
Sem saber direito para que servia o telex, mas acostumado aos
pedidos de contrapartida do governo federal, Cabral virou-se
para o assessor e disparou:
- Diga a eles que não há problema. Eles podem mandar a
verba que nós entramos com o
terreno.
Próximo Texto | Índice
|