da Sucursal de Brasília

Amigo de Sérgio Motta desde a juventude, Luiz Carlos Mendonça de Barros, 55, foi escolha pessoal do presidente Fernando Henrique Cardoso para comandar desde novembro de 1995 o programa de privatização. Quando está em Brasília, Luiz Carlos fica quase sempre hospedado na casa de Motta.
Sua escolha para a presidência do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) teve como principal objetivo acelerar as privatizações. Desde que ele tomou posse, foram privatizadas 18 estatais.
Luiz Carlos -formado em engenharia pela USP, com doutorado em economia pela Unicamp- era sócio do Banco Matrix antes de presidir o BNDES. Um de seus sócios era o atual assessor especial de FHC André Lara Resende.
É exatamente para a área financeira privada que Luiz Carlos pretende retornar no final deste ano -provavelmente em dezembro. A Folha apurou que sua intenção é trabalhar em Nova York como diretor de um banco.
Na área política, Luiz Carlos faz parte do grupo ligado a Motta e ao atual ministro da Saúde, José Serra. À frente do BNDES, além de comandar as privatizações, Luiz Carlos passou a administrar um dos principais caixas do governo.
O orçamento do banco chegou ao patamar de R$ 13 bilhões anuais, que foram usados até para socorrer governos estaduais.

Edurado Jorge
O secretário-geral da Presidência, Eduardo Jorge Caldas, deixará o governo depois de amanhã para participar da campanha presidencial do PSDB. Será substituído pelo atual assessor parlamentar da Presidência, Eduardo Graeff.
Eduardo Jorge ocupa função com status de ministro de Estado e participa de todas as reuniões realizadas pelo presidente Fernando Henrique Cardoso e sua equipe.
É um dos articuladores políticos do governo e concentra todas as informações e decisões sobre as nomeações dos aliados políticos para os cargos federais. Sua saída estava sendo articulada desde o fim do ano passado. Antes de assumir a campanha, tira férias de um mês.



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