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EUA baniram
jornalista no ano passado
FERNANDO CANZIAN
DE WASHINGTON
Apesar das críticas do Departamento de Estado norte-americano à tentativa de expulsão do Brasil do correspondente do "New
York Times", Larry Rohter, os
EUA também expeliram de seu
território um jornalista iraquiano
em fevereiro de 2003.
Mohamad Hassan Alawi, da
Agência de Notícias Iraquiana,
trabalhava como correspondente
na sede das Nações Unidas, em
Nova York, e foi expulso por ser
considerado "perigoso para a segurança nacional dos EUA". Alawi trabalhava havia dois anos na
ONU e tinha dois filhos matriculados em escolas da cidade.
Segundo Carlos Lauría, coordenador do CPJ (Comitê para a Proteção de Jornalistas), baseado em
Nova York, o caso de Alawi é o
único registrado pela organização
nos EUA. A Human Rights
Watch, que criticou o governo
brasileiro no caso de Rohter, também só tem contabilizado nos
EUA o mesmo caso.
Mas o CPJ diz que os EUA têm
recusado a entrada de dezenas de
jornalistas no país que chegam às
alfândegas sem um visto específico, o "I", exigido de jornalistas
que chegam ao país mesmo que
para ficar só de um ou dois dias.
Nos últimos 12 meses, por
exemplo, duas jornalistas britânicas foram detidas e deportadas
por não terem o visto específico.
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